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Esposa de atirador bolsonarista nega motivação política e diz que marido foi "agredido"

A mulher de Jorge José da Rocha Guaranho contou detalhes da noite do crime que terminou com a morte de Marcelo Arruda

13 jul 2022 - 22h52
(atualizado às 23h06)
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Jorge José da Rocha Guaranho matou a tiros o tesoureiro do PT Marcelo Arruda na noite de sábado, 9
Jorge José da Rocha Guaranho matou a tiros o tesoureiro do PT Marcelo Arruda na noite de sábado, 9
Foto: Reprodução

A esposa do bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, que atirou e matou o tesoureiro do PT (Partido dos Trabalhadores), Marcelo Arruda, no sábado (9), negou que o crime tenha motivação política.   

“Eu queria frisar que não tem nada a ver com política, que essa questão de política está extremamente fora do contexto, não tem nada a ver com um ato ou briga política, foi um acaso, uma fatalidade para as duas famílias. (...) Ele não fazia parte de partidos políticos, associações políticas ou coisas assim, ele gostava de acompanhar política nas redes sociais, mas ele não era fanático a ponto de fazer qualquer loucura”, disse a mulher, que não teve a identidade revelada, em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, nesta quarta-feira (13).

A mulher confirmou que no carro do casal tocava uma música cuja letra falava “o mito chegou e o Brasil acordou” no momento que chegaram à Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), onde era realizada a festa de Marcelo Arruda, que tinha o PT como temaGuaranho não conhecia Arruda, tampouco saberia da existência da festa. Segundo a esposa, ele foi ao local por acaso, para fazer uma ronda de rotina.

“Quando chegamos em frente da Aresf, o pessoal lá de dentro ouviu [a música] e começaram a gritar com palavras de baixo escalão (sic), xingando. Meu esposo falou assim ‘Bolsonaro mito’, aí ele veio (o guarda municipal Marcelo Arruda) e tacou a terra e a pedra na gente. Ele começou a mandar sairmos de lá, que lá estava cheio de polícia e tudo mais, e a xingar. Aí que eu abri a porta do carro e falei para ele ‘por favor moço, eu estou com meu filho’”, reforçou.

Segundo ela, o policial penal foi 'provocado'. “Depois que ele foi agredido pela pessoa que jogou a pedra e a terra dizendo que ali estava cheio de polícia, ele sempre sai armado por proteção, ele mostrou a arma e disse que também era polícia, só ergueu (a arma) e falou ‘eu também sou polícia’". A discussão deixou o policial "transtornado com a situação". Ele acreditou ter sido "ameaçado por nada, que a família dele foi ameaçada" e decidiu voltar ao local para "tirar satisfação". 

A companheira de Guaranho disse que o marido é um homem “extremamente tranquilo” e que está "tão surpresa quanto outras pessoas". "Quem conhece ele sabe que ele é uma pessoa do bem. Não é do feitio dele, passou em vários concursos públicos, é uma pessoa instruída, está há 12 anos de órgão [Polícia Penal federal], acabou de ser pai, foi pai há dois meses, ele não iria jogar tudo isso fora”, concluiu. 

Guaranho, que teve a prisão preventiva decretada na segunda-feira (11), segue internado em estado grave, porém estável, no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu. 

Fonte: Redação Terra
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