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Esposa de Mauro Cid admite à PF que, graças a ele, usou certificado de vacinação falso

Gabriela Santiago Cid confirmou que seu marido estava envolvido no esquema de fraude de cartões de vacinação contra a Covid-19

19 mai 2023 - 19h35
(atualizado às 19h50)
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Foto: Reprodução / Perfil Brasil

A esposa de Mauro Cid, Gabriela Cid, admitiu em depoimento à Polícia Federal (PF) que usou certificado de vacinação falso e afirmou que a responsabilidade pela inserção dos dados falsos foi do marido dela, segundo apuração da CNN.

A declaração aconteceu nesta sexta-feira (19), em Brasília, no inquérito que apura suposto esquema de inclusão de dados falsos sobre imunização contra Covid-19 em sistema do Ministério da Saúde.

As investigações da corporação apontam que ela utilizou a documentação falsa para realizar ao menos três viagens aos Estados Unidos. No depoimento, a esposa de Cid se ateve ao que foi descoberto sobre ela na investigação: a existência de um cartão de vacinação contra Covid em seu nome - este cartão com informações falsas foi apreendido na casa dela e do marido em Brasília, no mesmo dia em que ele foi preso.

A estratégia da defesa, de acordo o site CNN, é fazer com que Gabriela responda apenas pelo uso de documento falso.

À Polícia Federal, Gabriela não soube dizer qual foi a participação de Ailton Barros no esquema de inserção dos dados falsos de vacinação. Barros e Cid foram presos em 3 de maio por suspeita de envolvimento no caso; Gabriela foi alvo de mandato de busca e apreensão, mas não foi presa.

Gabriela alertou também que não tinha conhecimento de que outras carteiras de vacinação, além da dela, também tinham sido adulteradas. A fraude teria sido feita pelo marido de Gabriela, o tenente-coronel Mauro Cid, quando era ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, para incluir informações falsas de vacinação do então presidente e da filha dele, de Mauro Cid, Gabriela e das três filhas do casal, entre outros.

Gabriela Cid deixou a sede da PF em Brasília por volta das 17h10, prestando esclarecimentos à corporação por quase três horas.

Na quinta-feira (18), Mauro Cid ficou em silêncio durante seu depoimento à PF.

Perfil Brasil
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