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Está mais barato comer fora do que em casa, aponta novo levantamento da Fhoresp

Estudo mostra que comer em endereços gastronômicos espalhados pelo País está mais em conta

7 mai 2024 - 18h51
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Segundo Núcleo de Pesquisa e Estatística da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp), estabelecimentos arcam com 14,4% dos custos para manter preços, reduzir lucro e fidelizar clientes; medidas fazem a alimentação fora do lar pesar menos no bolso do consumidor.

Entre 2020 e 2023, a inflação acumulada no segmento Alimentação Fora do Lar ficou em 24,7%, segundo o estudo
Entre 2020 e 2023, a inflação acumulada no segmento Alimentação Fora do Lar ficou em 24,7%, segundo o estudo
Foto: Canva / Perfil Brasil

Comer em endereços gastronômicos espalhados pelo País está mais barato para os consumidores do que fazer as refeições em casa. Isso é o que aponta a mais recente pesquisa da Fhoresp. Entre 2020 e 2023, a inflação acumulada no segmento Alimentação Fora do Lar ficou em 24,7%, segundo o estudo. Já para quem opta se alimentar em casa, o percentual alcançou 39,1%. Para não perder a clientela e fidelizar os consumidores mais antigos, estabelecimentos do setor têm segurado os preços e absorvido perdas - mas sem que a medida leve a baixo faturamento e prejuízo. Pelo contrário.

O levantamento do Núcleo de Pesquisa e Estatística da Fhoresp mostra, ainda, que, o custo de vida em geral acumulou alta de 25% em três anos. Para chegar a estes resultados, os pesquisadores da Federação se basearam nos dados mais recentes do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de março passado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O segmento de Hotéis, Restaurantes e Bares tem absorvido boa parte das despesas e reduzido o lucro para fidelizar a clientela, num esforço para deixar a alimentação fora do lar mais em conta e atrativa para o bolso do consumidor. Nos últimos anos, os estabelecimentos do setor arcaram com 14,4% dos seus custos, como bem destaca Édson Pinto, diretor-executivo da Fhoresp.

"Isso aconteceu, principalmente, durante a Covid-19, quando os bares e os restaurantes precisaram segurar os repasses e, assim, diminuir os impactos da queda das vendas, motivadas pelas regras sanitárias, à época - incluindo o distanciamento social. Porém, estes repasses ainda não alcançaram os níveis registrados antes da pandemia do Novo Coronavírus", reforça Édson.

Ajuste nos cardápios

O estudo produzido pelo Núcleo de Pesquisas da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo também sinaliza que os ajustes nos preços dos cardápios de endereços gastronômicos perderam força de janeiro de 2021 a setembro de 2022 - ainda reflexo da pandemia de Covid-19. Neste período, os realinhamentos dos valores passaram a ficar abaixo da inflação geral.

Com isso, o aumento de preços no segmento Alimentação Fora do Lar fechou muito aquém do crescimento geral dos valores de bens e serviços consumidos pelos brasileiros - 7,1% X 10,6%:

"Esta situação demonstra, claramente, o empenho do setor em manter os valores do menu sob controle, absorvendo o aumento significativo nos custos dos alimentos, apesar dos desafios econômicos impostos pela pandemia do Novo Coronavírus", avalia Édson Pinto.

Empréstimos

Durante o período mais crítico da crise sanitária - a maior deste século - bares e restaurantes, ao sofrerem grandes perdas econômicas, lançaram mão de empréstimos, conforme lembra o diretor-executivo da Fhoresp.

"Esses estabelecimentos precisaram recorrer, também, a financiamentos e a programas de incentivo do governo federal, para continuarem em operação. E muitos ainda estão endividados e lutando para se recuperar totalmente, mesmo após quase quatro anos da pandemia", complementa.

Perfil Brasil
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