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Estadão Conteúdo

Pai de boxeadora argelina defende a filha: "Nasceu e foi criada como menina"

Lutadora já garantiu a medalha de bronze e ainda luta por uma vaga na final

5 ago 2024 - 08h52
(atualizado às 09h28)
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Imane Khelif em ação nos Jogos de Paris-2024
Imane Khelif em ação nos Jogos de Paris-2024
Foto: Peter Cziborra / Reuters

O pai da boxeadora argelina Imane Khelif se pronunciou sobre a polêmica envolvendo o gênero de sua filha durante os Jogos de Paris e afirmou que a lutadora nasceu e foi criada como uma menina.

  • A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.

"Minha filha é uma menina. Nós a criamos como uma menina. É uma menina forte. Eu a eduquei para que trabalhasse e fosse corajosa", disse, em entrevista à AFP. "Ela tem uma força de vontade para o trabalho e para o treino. Sua paixão pelo esporte vem desde pequena. Ela era sempre a melhor em todos os outros esportes, no atletismo e no futebol", concluiu.

As declarações do pai vêm após a argelina virar o centro das atenções por conta da desistência da italiana Angela Carini apenas 46 segundos depois de iniciar a luta contra Imane. Com o ocorrido, diversas pessoas passaram a suspeitar do gênero de Khelif e reacender esse debate após a boxeadora ter sido desclassificada, em 2023, do Mundial de Boxe por não ter passado no "teste de gênero" da Associação Internacional de Boxe (IBA).

Após garantir a medalha de bronze ao vencer a húngara Anna Luca Hamori pelas quartas de final da categoria até 66kg, Imane voltou a afirmar que é uma mulher cisgênero.

"Quero dizer ao mundo inteiro que sou mulher e continuarei mulher. Eu dedico esta medalha ao mundo e a todos os árabes, e digo a vocês, vida longa à Argélia."

Imane ainda luta por uma vaga na final nesta terça-feira, 6, quando enfrentará a tailandesa Janjaem Suwwannapheng a partir das 17h34 (de Brasília).

A argelina Imane Khelif vai em busca do ouro
A argelina Imane Khelif vai em busca do ouro
Foto: Peter Cziborra / Reuters

A polêmica

Apesar de ter sido reprovada no teste da IBA, a organização não explica em seu site o método do teste, que diz ser "confidencial", mas afirma que elas "têm vantagens comparadas com as outras competidoras".

Entretanto, Khelif conseguiu garantir sua vaga nas Olimpíadas de Paris-2024. O porta-voz do COI explicou por que um teste de testosterona não é adequado.

"O teste de testosterona não é um teste perfeito. Muitas mulheres podem ter níveis de testosterona iguais ou semelhantes aos dos homens, embora ainda sejam mulheres", disse Mark Adams. 

O COI ainda afirma que a IBA, que organizou o Campeonato Mundial, não é mais um órgão reconhecido como competente pelo comitê desde 2023, visto que a organização apresentou falhas recorrentes relacionadas à integridade e transparência da associação e foi acusada de manipulação de resultados e corrupção.

Fonte: Redação Terra
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