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'Estamos cada vez mais cansados', dizem socorristas do Líbano que trabalham sob bombas

Anis Abla, que lidera a Defesa Civil em Marjayoun, descreve as missões como "cada vez mais duras", reforçando o impacto físico e psicológico suportado pelos membros da equipe

15 out 2024 - 11h05
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Os socorristas que trabalham no Líbano enfrentam desafios significativos, no âmbito do conflito contínuo entre o movimento islâmico Hezbollah e Israel. Desde o início das hostilidades, muitos destes trabalhadores da Defesa Civil, dos quais são voluntários, encontram-se em uma situação de risco constante.

Socorristas no Líbano
Socorristas no Líbano
Foto: Reprodução/X / Perfil Brasil

Essa realidade foi explicitada por uma jovem voluntária de 25 anos, que expressa o medo de encontrar familiares entre os escombros enquanto opera em meio à devastação.

Socorristas no Líbano e a luta por recursos essenciais

A carência de recursos é um dos maiores desafios enfrentados pela Defesa Civil libanesa. Com a economia do país em crise, muitos voluntários, como Wisam Qubeisi, que atua como responsável de comunicação, enfrentam, segundo o g1, dificuldades para desempenhar suas funções devido à falta de equipamentos adequados.

"Somos muitos", ele afirma, "mas de que serve tanta gente se não temos veículos ou material suficiente?" A escassez se reflete no estado do equipamento, incluindo casacos desgastados e mangueiras danificadas, que são, em sua maioria, "doação de pessoas ou fundações", segundo Yusef Malá, chefe de mais de 8 mil socorristas no país.

Doações e esforços pessoais

Apesar de a Defesa Civil libanesa depender do Estado, é principalmente através de doações que a entidade consegue funcionar. A central em Beirute, por exemplo, foi estabelecida fundamentalmente graças ao esforço pessoal dos voluntários.

Além das dificuldades materiais, as equipes também enfrentam riscos agravados pelas tensões políticas e militares na região, especialmente nas áreas mais próximas à fronteira com Israel, onde o Hezbollah possui forte presença.

Riscos Aumentados nas Áreas de Confronto

Nas áreas fronteiriças, socorristas enfrentam perigos diários, com bombardeios frequentemente direcionados a eles e aos civis que buscam proteger. Anis Abla, que lidera a Defesa Civil em Marjayoun, descreve as missões como "cada vez mais duras", reforçando o impacto físico e psicológico suportado pelos membros da equipe. Casos de ferimentos entre os socorristas são comuns, exacerbados por ataques recentes que resultaram na morte de dezenas de profissionais, conforme anunciou o ministro da Saúde libanês.

Compromisso com a proteção civil

A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho enfatiza repetidamente a necessidade de proteção para civis, socorristas e ambulâncias. No entanto, de acordo com Abla, apesar das adversidades e do cansaço, a missão de proteger os libaneses persiste como prioridade. "Nós continuamos", diz ele, reafirmando o compromisso com a segurança e o bem-estar dos cidadãos em meio à turbulência.

Perfil Brasil
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