Estudo aponta dados de confiança do empresário industrial
Segundo os dados do relatório, a confiança dos empresários industriais caiu em 18 dos 29 setores analisados no mês de outubro de 2024.
Em relatório divulgado no Portal da Indústria, chamado Índice de Confiança do Empresário Industrial, a confiança dos empresários industriais caiu em 18 dos 29 setores analisados no mês de outubro de 2024. A pesquisa abrangeu médias e grandes empresas em todo o Brasil, revelando uma redução no otimismo em quatro das cinco regiões do país. Apesar disso, 23 setores industriais permanecem confiantes, conforme apontado pelo Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que varia de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 indicam confiança, e quanto maior a pontuação, mais disseminado é o otimismo.
Conforme informado na publicação, setores como farmoquímicos e farmacêuticos (58,3 pontos), perfumaria e limpeza (56,3 pontos), e impressão e reprodução (55,5 pontos) lideraram os índices de confiança. Em contrapartida, áreas como biocombustíveis (47,1 pontos), produtos de borracha (47,5 pontos) e madeira (49,1 pontos) registraram os menores níveis de confiança, ficando abaixo da linha de 50 pontos, o que caracteriza falta de confiança.
O relatório também indica que três setores — produtos de minerais não metálicos, biocombustíveis e móveis — migraram da confiança para a falta de confiança. Por outro lado, o setor de serviços especializados para a construção apresentou um movimento contrário, passando para o território positivo com 53 pontos. Em relação ao mês anterior, o número de setores confiantes caiu de 26 para 23.
Regionalmente, os índices revelaram queda em quase todo o Brasil. A confiança diminuiu no Nordeste (-1,0 ponto), Sul (-0,8 ponto), Centro-Oeste (-0,6 ponto) e Sudeste (-0,5 ponto). Apenas a região Norte manteve-se estável, com 55,7 pontos. Apesar das quedas, todas as regiões seguem confiantes, com índices acima de 50 pontos.
José Antônio Valente, diretor da empresa de aluguel de ferramentas em Fortaleza Trans Obra afirmou que o setor da construção civil, com subcategorias como obras de infraestrutura (51,4 pontos) e construção de edifícios (54,4 pontos), demonstrou sinais de recuperação moderada, o que pode indicar uma demanda crescente por serviços como locação de andaimes. José Antônio continuou dizendo que essa prática é fundamental para garantir a continuidade de projetos, especialmente em períodos de incerteza econômica, onde a compra de equipamentos pode não ser viável para muitos empresários. "O relatório reforça que, embora existam desafios no cenário atual, a manutenção da confiança em setores-chave, como serviços especializados para a construção, pode ser um indicativo de oportunidades no segmento de locação de equipamentos. Adaptar-se a essas tendências será crucial para fortalecer o setor e atender à demanda de um mercado cada vez mais focado em soluções práticas e econômicas".
Ainda sobre o relatório, observa-se que entre os portes de empresas, as médias e grandes apresentaram uma redução na confiança, com quedas de 0,7 e 0,8 ponto, respectivamente. O índice das pequenas empresas permaneceu praticamente estável, registrando variação de apenas -0,1 ponto. No entanto, todos os portes continuam no patamar de otimismo.
Perguntado sobre o relatório, José Antônio afirmou que o setor de serviços especializados para a construção mostrou um movimento positivo, migrando para o território de confiança com 53 pontos. "Esse resultado destaca a importância estratégica de investir em soluções como a locação de equipamentos e ferramentas, que podem oferecer maior flexibilidade e eficiência operacional, especialmente em um momento em que o otimismo na indústria apresenta oscilações".
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