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Estudo da ONU aponta recorde de gases de efeito estufa em 2023

28 out 2024 - 12h47
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As mudanças climáticas continuam a ser um desafio significativo para todas as nações do mundo, e os dados recentes sugerem que os esforços atuais podem não ser suficientes para mitigar seus efeitos. Em 2023, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) reportou um aumento nas concentrações de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), evidenciando que esses níveis atingiram patamares históricos.

Concentração de gases estufa na atmosfera bateu recorde em 2023, segundo estudos da ONU
Concentração de gases estufa na atmosfera bateu recorde em 2023, segundo estudos da ONU
Foto: Canva / Perfil Brasil

Este aumento na concentração de gases na atmosfera está ocorrendo a uma rapidez sem precedentes na história da humanidade, destacando a necessidade urgente de ações mais contundentes. As estimativas de que o CO2 e outros gases, como o metano, aumentaram significativamente desde o período pré-industrial, reforçam a complexidade do desafio.

Por que as concentrações de gases CO2 estão em alta?

A elevação dos níveis de CO2 pode ser atribuída a diversos fatores. Entre os mais significativos estão os incêndios florestais, que têm contribuído consideravelmente para a liberação de grandes volumes de carbono na atmosfera. Eventos desse tipo, que ocorreram em regiões como a Amazônia e o cerrado, ilustram a gravidade da situação.

Além disso, a leitura atual da OMM indica que as concentrações de CO2 já são 51% superiores aos níveis observados antes de 1750, no início da Revolução Industrial. Este aumento é alarmante, pois a presença de tais gases intensifica o aquecimento global e provoca alterações climáticas devastadoras.

As NDCs: metas insuficientes para conter o aquecimento

Um segundo estudo, realizado pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), avaliou as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). Estas metas, anunciadas por diferentes países, visam reduzir a emissão de gases de efeito estufa, porém estão longe de ser efetivas.

As atuais promessas formuladas no âmbito das NDCs projetam uma redução de apenas 2,6% nas emissões até 2030, comparando-se aos níveis de 2019. Para evitar impactos mais graves, especialistas apontam que seria necessária uma redução de 43% até o mesmo prazo.

O que pode ser feito para inverter o cenário?

Diante do cenário desafiador, há um consenso sobre a necessidade de estratégias mais ambiciosas e eficazes para lidar com o problema. Aqui estão algumas ações recomendadas:

  • Adoção de Energias Renováveis: Promover o uso de fontes de energia limpa para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis.
  • Reflorestamento: Ampliar projetos de plantio de árvores para sequestro de carbono, especialmente em áreas que sofreram desmatamento.
  • Inovações Tecnológicas: Investir em tecnologias que ajudem a capturar e armazenar carbono de forma eficaz.
  • Políticas Governamentais Rigorosas: Estabelecer e cumprir regulamentos que limitem as emissões de gases de efeito estufa.
Perfil Brasil
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