EUA ameaçam interromper fornecimento de armas a Israel
A carta recomenda pausas na região de Gaza para facilitar atividades de socorro, como vacinação e distribuição de alimentos, por no mínimo quatro meses
O governo dos Estados Unidos, sob a administração do presidente Joe Biden, enviou uma carta neste domingo (13) ao governo israelense exigindo medidas concretas para melhorar a situação humanitária em Gaza. A carta, enviada conjuntamente pelo Secretário de Estado Antony Blinken e pelo Secretário de Defesa Lloyd Austin, destaca a urgência de ações humanitárias para evitar possíveis sanções à assistência militar dos EUA a Israel.
Os Estados Unidos solicitaram que Israel permita a entrada de pelo menos 350 caminhões de ajuda humanitária por dia em Gaza através de quatro travessias principais, além de abrir uma quinta travessia. A carta também recomenda pausas humanitárias na região para facilitar atividades de socorro, como vacinação e distribuição de alimentos, por no mínimo quatro meses.
Embora preocupados com a deterioração da situação humanitária em Gaza, os EUA continuam a fornecer assistência militar a Israel, inclusive com um sistema avançado de defesa aérea e tropas americanas em solo israelense. No entanto, a ajuda futura pode estar em risco se as condições humanitárias não melhorarem dentro dos 30 dias estipulados pela carta.
Impactos humanitários e militares das ações de Israel
A situação em Gaza se intensificou nas últimas semanas devido a operações militares de Israel no norte da região. As Forças Armadas israelenses pediram que civis se desloquem para o sul de Gaza, aumentando a pressão sobre áreas já superlotadas. A ONU alertou que essas operações estão prejudicando significativamente a segurança alimentar das famílias palestinas.
As ações do governo israelense parecem contribuir para a piora das condições, segundo a carta dos oficiais americanos. Eles citam a interrupção de importações comerciais e restrições onerosas ao fluxo de ajuda humanitária como fatores do agravamento da crise.
Em resposta à carta, a agência israelense COGAT tuitou imagens de caminhões entrando em Gaza, afirmando que Israel continua permitindo a entrada de ajuda humanitária.
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