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EUA negociam anistia política para Maduro caso ele deixe o poder, diz jornal

Brasil está envolvido na tentativa estadunidense, apontam fontes próximas às autoridades políticas; entenda

11 ago 2024 - 17h50
(atualizado às 18h57)
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Nicolás Maduro foi proclamado presidente após eleição
Nicolás Maduro foi proclamado presidente após eleição
Foto: REUTERS

Os Estados Unidos estão negociando uma possibilidade de anistia política para o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, caso ele deixe o poder – onde se mantém há 11 anos. As informações são do The Wall Street Journal, publicadas em reportagem exclusiva neste domingo, 11.

De acordo com o jornal, o governo norte-americano está cogitando oferecer perdão político para Maduro e seus principais tenentes que enfrentam acusações do Departamento de Justiça. O país colocou "tudo sobre a mesa" para persuadir Maduro a sair do posto antes do fim do seu mandato, em janeiro, informaram fontes do veículo. Também foi apurado que os EUA estariam abertos a não prosseguir com a extradição dessas figuras do regime venezuelano.

A eleição na Venezuela aconteceu em julho. No atual cenário político do país, a oposição alega ter ganhado o pleito. Mas o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), aliado de Maduro, proclamou vitória ao atual presidente. Porém, não houve divulgação das atas eleitorais, documentos que registram os votos e os resultados por local de votação.

Plano dos EUA

As autoridades estadunidenses teriam feito uma oferta de anistia a Maduro durante negociações secretas em Doha, no ano passado, mas ele recusou. O que se sabe, a partir de fontes próximas das figuras políticas, é que a posição de Maduro não mudou, mas que ele disse estar aberto a negociações desde que haja respeito. "Não mexa nos assuntos internos da Venezuela, é tudo o que peço", disse Maduro em uma entrevista coletiva neste mês.

Ainda de acordo com o jornal, os três países mais populosos da América Latina – Brasil, México e Colômbia – também estão sendo envolvidos na tentativa dos EUA. A ideia é que os países assumam uma posição mais dura com relação a Maduro para pressioná-lo a apresentar provas de que venceu. Maduro tomará posse da presidência da Venezuela em cinco meses.

Fonte: Redação Terra
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