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Líderes europeus pressionam Rússia a aceitar cessar-fogo na Ucrânia

15 mar 2025 - 09h27
(atualizado às 16h31)
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Após reunir-se com aliados de Kiev, premiê britânico Keir Starmer anuncia que plano de paz entrou em "fase operacional". Chefes militares discutirão próximos passos na semana que vem.Após se reunir com líderes de 25 países, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, voltou a pressionar a Rússia neste sábado (15/03) para que aceite o cessar-fogo de 30 dias com a Ucrânia que foi proposto pelos Estados Unidos, assegurando que os planos de paz estão agora em "fase operacional".

Segundo Starmer, chefes militares de países aliados a Kiev se encontrarão na próxima quinta-feira (20/03) para definir como cada um deles ajudará a assegurar a paz após o fim do conflito. Kiev teme sofrer novos ataques russos e insiste em garantias de segurança - tarefa que o presidente americano Donald Trump já deixou claro que espera que seja cumprida pelos europeus.

Starmer criticou a posição ambígua de Vladimir Putin sobre o cessar-fogo e o acusou de tentar atrasar as negociações de paz. O presidente russo já sugeriu que só aceitará uma trégua sob seus termos, e rejeita a presença de militares de países da Otan em solo ucraniano.

Enquanto não houver cessar-fogo, Starmer disse que a Ucrânia continuará a ser apoiada militarmente, e prometeu intensificar as sanções econômicas contra Moscou.

Assim como a França, o Reino Unido tem apoiado a ação conjunta do que chama de "coalizão dos dispostos" - grupo de nações ocidentais, incluindo Europa, Austrália, Canadá e Nova Zelândia, mas não os Estados Unidos, comprometido em ajudar a Ucrânia antes de qualquer acordo de paz e, depois disso, garantir a segurança do país.

A reunião deste sábado foi liderada por Starmer e pelos presidentes francês, Emmanuel Macron, e ucraniano, Volodimir Zelenski, além do chefe da Otan, Mark Rutte.

Starmer busca ofertas de apoio logístico, financeiro ou militar a Kiev, para colocar o país invadido pela Rússia em posição forte para as negociações.

"Se Putin está falando sério sobre a paz, é muito simples, ele tem que parar seus ataques bárbaros contra a Ucrânia e concordar com um cessar-fogo", disse Starmer durante a vídeoconferência.

"Minha impressão é que, mais cedo ou mais tarde, ele terá que se sentar à mesa e participar de uma discussão séria", disse Starmer.

Garantias de segurança

Desde que Trump passou a negociar com a Rússia e interrompeu ajudas à Ucrânia, Keir Starmer vem tentando agir como uma ponte entre a Europa e os Estados Unidos.

Depois da conversa deste sábado, o líder britânico deve continuar a tentar influenciar Trump para obter garantias de segurança.

"Temos que continuar avançando e nos preparando para uma paz que seja segura e duradoura", disse Starmer. "Isso significa fortalecer a Ucrânia para que ela possa se defender em termos de capacidade militar, em termos de financiamento."

Ele pediu também que Washington ofereça "apoio" de segurança a essas forças, uma medida que ele acredita ser essencial para impedir Putin de atacar novamente.

Trump disse que havia uma "chance muito boa" de a guerra chegar ao fim depois que seu enviado a Moscou, Steve Witkoff, teve uma longa reunião com Putin na noite de quinta-feira.

O presidente ucraniano, que participou da reunião virtual deste sábado, também disse que vê "uma boa chance" de acabar com a guerra, tendo "sólidos entendimentos de segurança" com os parceiros europeus.

Ele disse que estava discutindo com os aliados de Kiev futuras garantias de segurança e também apoio econômico, acrescentando que seria necessária defesa aérea como dissuasão em um acordo de paz.

Na quinta-feira, Putin disse que quer que a Ucrânia abandone suas ambições de se juntar à Otan e que a Rússia controle todas as quatro regiões ucranianas que reivindicou como suas, e que o tamanho do exército ucraniano seja seja limitado.

Também condicionou o cessar-fogo a garantias de que a Ucrânia não irá se rearmar nem recrutar ou treinar soldados.

Kiev rejeita essas exigências. Neste sábado, Zelenski indicou, porém, que aceitaria um cessar-fogo mesmo sem retirada das tropas russas do território ucraniano. Ele disse que a questão é "complicada" e deve ser abordada posteriormente, durante negociações diplomáticas.

sf/ra (Reuters, ots)

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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