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Ex-ideólogo de Trump quer unir extrema direita europeia

24 jul 2018 - 10h51
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Steve Bannon planeja fundação para estimular movimentos eurocéticos de extrema direita no continente e rivalizar com instituto do bilionário liberal George Soros. Grupo deve ser baseado em Bruxelas.Após ter influenciado a campanha e o governo de Donald Trump nos EUA, Steve Bannon quer agora estimular movimentos de extrema direita na Europa. Segundo uma reportagem do site Daily Beast, o ex-estrategista do presidente americano e ideólogo de direita quer criar uma fundação sem fins lucrativos chamada "O Movimento", que deve ser baseada em Bruxelas.

Steve Bannon e Marine Le Pen durante encontro, em março. Ex-estrategista de Trump afirmou que ideia de lançar fundação ocorreu após encontro com a política francesa.
Steve Bannon e Marine Le Pen durante encontro, em março. Ex-estrategista de Trump afirmou que ideia de lançar fundação ocorreu após encontro com a política francesa.
Foto: DW / Deutsche Welle

Segundo a reportagem, Bannon espera que a fundação promova assistência, financiamento e ferramentas de pesquisa para movimentos de direita pela Europa, que promovam "controle de fronteiras" e que se oponham à União Europeia.

O objetivo, segundo declarou Bannon ao site, é rivalizar com a fundação Open Society (Sociedade Aberta), do bilionário de origem húngara George Soros, que costuma financiar iniciativas políticas pelo mundo. Desde a sua fundação em 1984, a fundação de Soros distribuiu 32 bilhões de dólares para causas pelo planeta.

Para figuras da direita como Bannon, Soros é um demagogo esquerdista que usa seu poder e dinheiro para promover valores liberais. "Soros é brilhante. Ele é mau, mas é brilhante", disse Bannon ao Daily Beast.

O ex-estrategista do presidente Donald Trump vem desde o ano passado se encontrando com regularidade com membros da cena populista de direita europeia, como a francesa Marine Le Pen, o britânico Nigel Farage, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, além de conservadores poloneses e políticos do partido Alternativa para a Alemanha (AfD).

Para tocar a fundação, Bannon vai contar com a ajuda do britânico Raheem Kassam, um ex-editor do site Breitbart (que já foi chefiado por Bannon) e ex-assistente de Farage. "Esqueçam suas Merkels, Bannon e Soros vão ser os grandes influenciadores da política europeia nos próximos anos", disse Kassam.

Segundo ele, a fundação já está estruturada, conta "com um orçamento significativo" e já está contratando funcionários. O plano é contratar inicialmente dez pessoas.

A escolha e Bruxelas não foi por acaso. A cidade é sede da Comissão Europeia e da Otan. Segundo Bannon, o primeiro teste da fundação será influenciar as eleições para o Parlamento Europeu, previstas para o próximo ano para criar um "supergrupo europeu" de deputados de direita.

"Todos concordam que o próximo mês de maio é extremamente importante. Vai ser o primeiro embate entre o populismo e os partidos de Davos em todo o continente", disse ele, referindo-se à cúpula econômica de líderes políticos e empresários que ocorre anualmente na Suíça.

Bannon também afirmou que teve a ideia de lançar a fundação após discursar em um evento do partido de Marine Le Pen, quando percebeu que os movimentos populistas de direita da maioria dos países europeus tinha pouco contato com seus equivalentes em nações vizinhas.

Sete meses no governo

Analistas lançam dúvidas se Bannon vai ser bem-sucedido em unir grupos da direita populista no Parlamento Europeu. Em 2014, uma tentativa de união entre o grupo de Farage e deputados do partido de Marine Le Pen fracassou. As duas siglas acabaram formando blocos rivais.

Bannon também enfrentou uma série de reveses nos EUA ao longo do ano passado. Ele ganhou notoriedade a partir de 2012 quando virou editor-chefe do Breitbart, um site direitista de notícias financiado pela família americana Mercer. A família apoiou Trump durante a campanha de 2016 e, segundo analistas, pressionou o presidente a nomear Bannon para o cargo de "estrategista-chefe" da Casa Branca após a posse.

Bannon durou apenas sete meses no cargo, tendo sido forcado a se demitir após conflitos com outros membros do governo. Meses depois, Trumpatacou publicamente Bannon por declarações que o ex-estrategista concedeu para um jornalista que acompanhou a rotina do governo. Em janeiro de 2018, Bannon perdeu o apoio da família Mercer e acabou deixando seu cargo no Breitbart.

JPS/ots/rt

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