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Exército afasta militares após 'fake news' sobre rompimento de dique em Canoas (RS)

A repercussão da falsa notícia foi rápida, com vídeos e relatos se espalhando nas redes sociais. A prefeitura de Canoas prontamente desmentiu a informação através de suas redes sociais, ressaltando que a estrutura do dique permanecia intacta

27 mai 2024 - 15h24
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O Exército Brasileiro afastou os militares envolvidos na propagação de uma notícia falsa sobre o rompimento de um dique em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. A informação equivocada gerou pânico e levou à retirada de moradores do bairro Mathias Velho, uma das áreas mais atingidas pelas enchentes que assolam o Rio Grande do Sul desde o início de maio.

Exército afasta militares envolvidos na propagação de fake news em Canoas
Exército afasta militares envolvidos na propagação de fake news em Canoas
Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil / Perfil Brasil

De acordo com o Exército, no final da tarde de sábado, militares que atuavam na região ouviram que um dique havia rompido. Sem confirmar a veracidade da informação, eles comunicaram aos moradores a necessidade de evacuação imediata, alegando risco de inundação. A situação foi então classificada pela instituição como "um grave erro de procedimento".

A repercussão da fake news foi rápida, com vídeos e relatos se espalhando nas redes sociais, causando ainda mais alarme entre os moradores. A prefeitura de Canoas prontamente desmentiu a informação através de suas redes sociais, ressaltando que a estrutura do dique permanecia intacta.

Exército e Prefeitura respondem com transparência

Em comunicado oficial, o Exército reconheceu o erro e pediu desculpas à população. "Militares que atuavam no Bairro Mathias Velho souberam, sem confirmação, que um dique havia se rompido e imediatamente passaram a comunicar erradamente aos moradores a necessidade de evacuação das áreas consideradas em risco. O Exército Brasileiro esclarece que tal situação decorreu de um grave erro de procedimento", afirmou a nota.

A 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, à qual pertencem os militares envolvidos, reafirmou seu compromisso com a população afetada pela catástrofe ambiental e manifestou solidariedade aos moradores que foram desinformados. Medidas administrativas foram tomadas para apurar os fatos, e os militares envolvidos foram afastados de suas funções durante o período de investigação.

A tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul já resultou em mais de 169 mortos e 56 desaparecidos, conforme o último boletim da Defesa Civil, divulgado às nove horas desta segunda-feira (27). Além disso, quatro pessoas morreram de leptospirose, uma doença contraída pelo contato com água contaminada, com 1.256 casos suspeitos registrados no estado.

A Operação Taquari 2, da qual os militares afastados faziam parte, é uma iniciativa de apoio às ações de ajuda humanitária em Canoas. Uma investigação foi instaurada para determinar a origem da informação falsa e os motivos que levaram à sua divulgação sem a devida checagem.

 * Sob supervisão de Lilian Coelho

Perfil Brasil
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