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Exército aguarda decisão cautelar para afastar envolvidos em plano de golpe

22 nov 2024 - 10h59
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Entre os 37 indiciados por participação no suposto plano de golpe no Brasil, 25 são militares, dos quais 13 pertencem ao Exército e seguem na ativa. A maior parte dos envolvidos tem patentes de coronéis e tenentes-coronéis, já conhecidos das investigações por operações anteriores ou pela quebra de sigilo de documentos.

A maior parte dos envolvidos tem patentes de coronéis e tenentes
A maior parte dos envolvidos tem patentes de coronéis e tenentes
Foto: coronéis - Marcelo Camargo/Agência Brasil / Perfil Brasil

Fontes ligadas à corporação informaram à CNN que o Exército está aguardando uma decisão mais clara, possivelmente uma medida cautelar, para determinar o afastamento dos acusados. Segundo o blog de Pedro Duran, essa decisão pode vir do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que já lidera as investigações e conduziu a análise do caso.

Impacto no Exército e na estrutura militar

Mesmo os militares com patentes elevadas entre os indiciados não ocupam atualmente funções consideradas estratégicas para a corporação. Um exemplo é o general Nilton Diniz Rodrigues, comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, localizada em São Gabriel da Cachoeira, no alto Rio Negro. Embora tenha ocupado postos de maior relevância no passado, como o comando do 1º Batalhão de Forças Especiais e do Comando de Operações Especiais em Goiânia (GO), ele não está diretamente envolvido em posições centrais do Exército atualmente.

Outro nome de destaque é o tenente-coronel Mauro Cid, colaborador no inquérito e já afastado de suas funções. Nesta quinta-feira (21), ele prestou um novo depoimento supervisionado pelo ministro Alexandre de Moraes, que manteve os termos da delação premiada firmada por Cid.

O relatório atinge diretamente a cúpula do Exército, gerando preocupação sobre possíveis danos à imagem da instituição. Atualmente, a corporação é composta por pouco mais de 200 mil integrantes, incluindo 120 generais, dos quais sete foram indiciados.

Generais sob investigação

Entre os militares de alto escalão indiciados estão generais que ocuparam posições de destaque no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre eles, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e Walter Braga Netto, ambos ex-ministros da Defesa, com Braga Netto acumulando ainda a função de ex-chefe da Casa Civil e candidato a vice na chapa presidencial de Bolsonaro em 2022.

O general Augusto Heleno, que chefiou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e o general Mário Fernandes, que foi ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência, também estão na lista.

Perfil Brasil
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