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Exército flagra suspeito tentando fraudar pregão de quase R$ 220 milhões

A empresa foi banida do certame; ela pertence a um homem sob suspeita de fazer parte um esquema que usa laranjas para ganhar contratos milionários

27 jun 2024 - 11h12
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O Comando do Exército flagrou suposta tentativa de fraude, durante pregão, em uma licitação para compra de mochilas, camas, barracas, óculos, coldres e outros itens. O valor total estimado é de R$ 218 milhões. A ação foi realizada nessa quarta-feira (26).

O atestado de capacidade técnica foi fornecido pela Comercial Maragatos à MR Confecções
O atestado de capacidade técnica foi fornecido pela Comercial Maragatos à MR Confecções
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

A empresa foi banida do certame. Ela esteve perto de amealhar R$ 58 milhões nos contratos e pertence a um homem sob suspeita de fazer parte um esquema que usa laranjas para ganhar contratos milionários com o Exército, de acordo com o portal Metrópoles. A empresa está sendo investigada pelo Ministério Público Militar (MPM).

Pregão do Exército

A licitação para este pregão foi aberta para comprar diversos equipamentos necessários ao Exército. A empresa MR Confecção e Representação LTDA, com capital de R$ 100 mil, ficou em primeiro lugar em 13 dos 36 lotes do edital, cujos valores somados chegam aos R$ 58 milhões. A MR está sediada em uma sala comercial na Asa Sul, em Brasília (DF).

Ao vencer esses lotes da concorrência, a empresa iria fornecer 376,8 mil equipamentos dos mais diversos ao Exército. Em editais desta monta, é realizada uma análise minuciosa dos atestados que demonstram capacidade técnica.

Trata-se de documentos nos quais outras empresas ou órgãos públicos afirmam que a empresa inscrita no pregão tem totais condições de fornecer os itens licitados.

A denúncia da fraude foi feita por um concorrente do edital, após a MR Confecção ter sido habilitada e conseguir se sagrar como primeira colocada nos diversos itens da licitação.

Atestado de capacidade

O atestado de capacidade técnica da MR Confecção foi fornecido pela Comercial Maragatos, também de Brasília. No papel, um diretor afirma que a MR Confecção já lhe forneceu milhares de tendas, toldos, barracas e bolsas, entre outros itens. Todos entregues "pontualmente", com a "qualidade de acordo com o exigido" e de "forma satisfatória". O documento é do ano de 2017.

Contudo, tanto a MR Confecção quanto a Comercial Maragatos são de um sócio apenas: o empresário Arthur Washeck Neto, famoso por ter sido preso em 2007, em meio ao escândalo de licitações nos Correios, relacionado ao esquema do Mensalão.

Perfil Brasil
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