Faculdade Santa Marcelina interdita atlética de Medicina responsável por faixa com alusão a estupro
Os estudantes foram fotografados no evento esportivo, voltado aos calouros do curso, no último sábado, 15
A Faculdade Santa Marcelina, localizada na Zona Leste de São Paulo, interditou a atlética de Medicina “até segunda ordem” após um grupo de alunos cantar um hino e usar bandeiras com dizeres “entra a porra, escorre sangue”, em alusão ao crime de estupro. A decisão da instituição foi tomada na sexta-feira, 21.
Os estudantes foram fotografados no evento esportivo, voltado aos calouros do curso, no último sábado. 15. A imagem do evento mostra ao menos 20 estudantes segurando a faixa, que segundo os alunos, teria sido inspirada em uma letra de uma música, banida pela instituição em 2017.
A letra fazia apologia à violência sexual e continha expressões explícitas de desrespeito, com versos como "entra porra e sai sangue" e referências à violência sexual contra mulheres. Após denúncia dos coletivos da faculdade, a música foi banida da instituição.
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"Comunicamos que as medidas adotadas sobre o caso relacionado à bandeira usada pela Atlética de Medicina no dia 15/03, até o momento, são: Instauração de sindicância; Comunicação dos fatos ao Ministério Público; Identificação dos alunos à Polícia Civil do Estado de São Paulo, em atendimento à Delegacia da Mulher; Interdição da Atlética até 2ª ordem; Respostas às ouvidorias", comunicou a instituição em sua conta no Instagram.
As atléticas são agremiações formadas por faculdades e universidades para a programação de eventos esportivos, sociais, culturais e festivos. Na noite de sábado, dia do ocorrido, o presidente da Atlética divulgou um pedido de desculpas, alegando que não havia lido o conteúdo da faixa antes de posar para a foto. Posteriormente, ele e vice-presidentes foram afastados.