Família denuncia presença de larvas no pescoço de paciente internada em hospital de Porto Alegre
Santa Casa de Misericórdia investiga o caso como um episódio isolado e promete rigor na apuração
Nesta terça-feira (15), familiares de Neide dos Santos, de 45 anos, internada há mais de um mês na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre para tratar toxoplasmose, afirmam ter encontrado larvas no pescoço da paciente. O caso foi registrado na Polícia Civil após uma das filhas de Neide, Jenifer, relatar o choque ao levantar o pescoço da mãe e perceber as larvas.
Segundo a família, as larvas estavam próximas da área onde a paciente havia passado por uma traqueostomia. A Santa Casa, em nota, lamentou profundamente o ocorrido e assegurou que trata-se de um "caso isolado" que foi imediatamente investigado pela equipe médica. O hospital também informou que os protocolos de higiene, realizados a cada duas horas, não apresentaram alterações na área.
A Polícia Civil confirmou que investigará o caso, enquanto o hospital se comprometeu a monitorar de perto a paciente e a garantir que a situação não se repita. Neide foi internada inicialmente por suspeita de acidente vascular cerebral (AVC), e o diagnóstico de toxoplasmose veio após a transferência para o Hospital Santa Clara, do Complexo Santa Casa, no início de setembro.
A família aguarda as conclusões das investigações.
Nota da Santa Casa de Misericórdia:
"A Instituição lamenta profundamente o ocorrido com a paciente internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Clara e reafirma seu compromisso com a qualidade e a segurança do atendimento. Trata-se de um caso isolado, que tão logo identificado, deu início a uma investigação rigorosa para apurar os fatos e identificar as causas do episódio.
Também registramos que a paciente recebeu imediatamente todos os cuidados necessários e segue sendo acompanhada de perto por nossa equipe assistencial, sem qualquer impacto ao seu quadro clínico. Foi constatada que se trata de uma presença superficial, não identificada na evolução do dia anterior, quando a paciente também recebeu a visita da família. Inclusive, o protocolo de higiene do local da traqueostomia é realizado a cada duas horas e no último registro da equipe não apresentava qualquer alteração no local, o que reforça a temporalidade da situação. A família está sendo constantemente informada sobre a evolução do caso.
Entendemos a gravidade desta situação e estamos adotando medidas imediatas para evitar que fatos como este se repitam. Entre as medidas em andamento, destacamos que foi constatada a adequação do cumprimento de todos os protocolos adotados permanentemente na instituição de controle de pragas e funcionamento das armadilhas luminosas, bem como realizada a revisão de vedação de todas as janelas do espaço. Registramos também que a instituição conta com uma equipe multidisciplinar capacitada para o atendimento e monitoramento constante dos pacientes, sempre seguindo todos os protocolos de segurança assistencial. Além disso, somos periodicamente monitorados pela Vigilância Sanitária e seguimos rigorosamente todas as normas e regulamentos técnicos.
Somos uma instituição de referência em saúde e trabalhamos constantemente para oferecer o melhor atendimento aos nossos pacientes. Lamentamos profundamente este episódio e reiteramos nosso compromisso com a excelência e a humanização da assistência à saúde. Seguimos à disposição para todo e qualquer esclarecimento necessário."