Família vive drama após perder contato com brasileira em Mariupol

Uma família de João Pessoa vive uma preocupação diária desde que Silvana Pilipenko parou de dar notícias sobre o seu paradeiro. A brasileira vive em Mariupol, uma das cidades mais castigadas pela guerra Ucrânia/Rússia.

Casada há 26 anos com o ucraniano Vassili Pilipenko, Silvana fez o último contato em 2 de março. Nesta ocasião, ela relatou as dificuldades de deixar Mariupol, que fica próximo da fronteira com a Rússia, país que invadiu a Ucrânia mês passado.

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A brasileira falou que a possibilidade de fugir para países como Polônia ou Hungria seria remota: "Teríamos que atravessar todo o território ucraniano, o que não seria viável diante das circunstâncias e da distância.”  

Silvana também relatou problemas com a internet e energia, e que poderia perder o contato com a família a qualquer momento.

Em entrevista ao Bom Dia Brasil, da TV Globo, a sobrinha Maria Beatriz disse que Silvana alertava para a chegada da guerra na cidade. “Ela falou sobre os bombardeios, que já dava para ouvir as explosões, embora ela não conseguisse ver nada próximo”.

O conselho municipal de Mariupol informou na terça-feira, 15, que dois mil carros civis conseguiram deixar a cidade. A mãe da brasileira, Antônia Vicente, reza para que a filha esteja nesse comboio.

“Sinto que ela está viva. Eu acho que Jesus ainda vai querer ela aqui por um bom tempo. Ela sempre dizia que iria morrer depois dos 100 anos”, afirmou à reportagem.