Filha, genro e ex-esposa são condenados a 123 anos de prisão por morte de agricultor e peão
Em um julgamento que teve início por volta das 9h30min da segunda-feira, 25 de setembro, no Fórum de Sobradinho, estendendo-se até as 4h da madrugada de terça-feira, 26 de setembro, três réus foram condenados pela morte de um agricultor e seu peão em maio de 2020, na cidade de Segredo, localizada no Vale do Rio […]
Em um julgamento que teve início por volta das 9h30min da segunda-feira, 25 de setembro, no Fórum de Sobradinho, estendendo-se até as 4h da madrugada de terça-feira, 26 de setembro, três réus foram condenados pela morte de um agricultor e seu peão em maio de 2020, na cidade de Segredo, localizada no Vale do Rio Pardo. A filha, o genro e a ex-esposa, todos acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), foram considerados culpados. As penas somadas totalizam 123 anos de prisão. Após a sentença, familiares das vítimas expressaram gratidão pelo trabalho dos promotores de Justiça Renan Loss e Eugênio Paes Amorim, que atuaram durante o julgamento.
A filha, de 26 anos, do agricultor, recebeu uma pena de 45 anos de prisão, enquanto a ex-mulher, com 43 anos de idade, foi sentenciada a 43 anos de reclusão, ambas por duplo homicídio qualificado. O genro, de 29 anos, foi condenado a uma pena total de 35 anos e seis meses de prisão, também por duplo homicídio qualificado e furto qualificado. O cumprimento das penas será em regime fechado, e a prisão preventiva dos três condenados foi mantida. O júri incluiu o testemunho de duas testemunhas de defesa e outras duas de acusação.
O coordenador do Centro de Apoio Operacional do Júri, promotor de Justiça Marcelo Tubino, esteve presente em Sobradinho e destacou que a intenção é acompanhar o maior número possível de julgamentos. Ele enfatizou o objetivo de fornecer o suporte necessário aos colegas promotores durante o desempenho de suas funções, além de devolver à comunidade o sentimento de justiça e reduzir a sensação de impunidade.
O promotor também mencionou que os réus divergiram em relação aos eventos, sempre tentando ocultar o caráter patrimonial do crime. Para justificar suas ações perante o júri, alegaram que o crime ocorreu devido a abusos sexuais cometidos pela vítima contra a filha.