• Reunião de entidades ligadas ao pensamento de esquerda, concebida a partir dos recentes protestos contra a globalização, como o de Seatlle, em 1999, nos Estados Unidos, durante encontro convocado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) • Esta é a primeira edição do Fórum, mas a decisão de seus idealizadores é que o evento se realizará anualmente. Ainda não há, no entanto, definição sobre onde será promovido a partir da segunda edição. A intenção do governo do Estado é a de que o Fórum se fixe em Porto Alegre
• Cerca de 10 mil pessoas participam do Fórum entre políticos, intelectuais, sindicalistas e representantes de ONGs
• Os gastos para a promoção do evento, que começou na quinta-feira e se estenderá até terça-feira, são avaliados em quase R$ 1 milhão, a cargo do governo do Estado, Banrisul e Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE)
Principais temas
• Anulação da dívida do Terceiro Mundo
• Reforma das instituições financeiras internacionais
• Criação de uma taxa sobre os movimentos de capitais
• Declaração de ilegalidade dos paraísos fiscais
• Definição de novas regras para o comércio mundial
Esquema de segurança
O número de policiais militares que fazem patrulhamento nas ruas de Porto Alegre mais do que dobrou para garantir a segurança dos participantes do Fórum Social Mundial. Com um reforço de 210 PMs e 23 veículos cedidos por diversos municípios do interior do Estado, o policiamento da Capital contará com 1,3 mil homens até o dia 31. Em dias normais, esse número é de cerca de 600 profissionais. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), especialistas em gerenciamento de crises e peritos em explosivos estarão de prontidão. Os quartéis estão sem expediente administrativo durante o Fórum, e os policiais foram deslocados para o policiamento ostensivo.
O que dizem os representantes do Fórum de Porto Alegre:
Viemos porque cremos que outro mundo é possível.
Bernard Cassen, diretor do jornal Le Monde Diplomatique
Quando globalizamos a luta, globalizamos a esperança. Uma luta aqui significa gerar esperança em outros lugares do mundo.
Paul Nicholson, coordenador europeu da organização internacional Via Campesina
O capitalismo está vivendo a pior crise de sua História. O sistema está decadente e senil, abrindo espaço para as alternativas socialistas ou comunistas. Isso nos dá esperança de um novo horizonte.
Jorge Benstein, economista argentino
Para mudar o mundo é necessário mudar os comportamentos do homem.
Patrick Viveret, filósofo francês
Diz-se que só o crescimento econômico pode combater a pobreza. Mas essa tese não tem sustentação. Nas últimas décadas, a economia cresceu como nunca. E a disparidade entre ricos e pobres aumentou ainda mais.
Rayén Martínez, economista chilena
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