Começa votação de novos destinos para dinheiro das guerras
Domingo, 03 de fevereiro de 2002, 14h35
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Platéria lotada para avaliar as melhoes opções (Foto Jefferson Bernardes)
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O mundo reunido em Porto Alegre começou, na tarde deste domingo, a votar um novo destino para o dinheiro usado em guerras, calculado em US$ 800 bilhões. A assembléia mundial Orçamento Participativo com Gastos de Guerras foi aberta no Centro de Eventos da PUC-RS, palco principal do 2º Fórum Social Mundial (FSM), na capital gaúcha. A votação vai até esta segunda-feira com urnas em diversos pontos de Porto Alegre. O resultado será revelado no dia 5, encerramento do Fórum Social.Não são só os delegados ou participantes rotineiros do FSM que podem dar o seu voto. Qualquer morador da capital gaúcha, do Brasil ou outro lugar do mundo, se estiver em Porto Alegre, pode se habilitar à escolha. As urnas estão na PUC e, nesta segunda-feira, também haverá pontos para depositar a cédula no Auditório Araújo Viana, no Parque Farroupilha, no Acampamento da Juventude, no Parque da Harmonia e na Casa de Cultura Mário Quintana, no Centro da capital gaúcha. Cada pessoa poderá indicar, em ordem de preferência, três opções para a aplicação do dinheiro. Na apuração dos votos, a opção número 1 vale três pontos, a segunda escolha recebe dois pontos e a última um ponto. A fórmula de contabilizar os votos segue o Orçamento Participativo (OP) em vigor no Rio Grande do Sul. A assembléia mundial, na sala 3 na PUC, que aos poucos vai lotando, começa com seis propostas para a escolha dos participantes. Foram indicações feitas em países e regiões que sofrem conflitos bélicos, como Chiapas, no México, Colômbia, Leste europeu, Caxemira, entre a Índia e o Paquistão e a África. Mas a expectativa é que novos destinos sejam apontados na plenária mundial. Os temas até agora definidos para aplicar a cifra bilionária são eliminação da fome, atenção às vítimas das guerras, tratamento digno da aids, erradicação do analfabetismo, eliminação do trabalho infantil e a reconversão da indústria armamentista.
Patrícia Comunello/Direto de Porto Alegre
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