A cidade de lona, com mais de 10 mil inquilinos temporários, leva o nome do ativista italiano Carlo Giuliani, morto em Gênova durante os protestos contra a reunião do G8, grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia, em julho do ano passado. Armada no Parque da Harmonia em Porto Alegre, a Cidade Carlo Giuliani não tem somente barracas.

"A gente estava sem barraca, a solução foi ficar igual morcego nessas árvores. Então, a gente decidiu trazer as redes e prendê-las nas árvores", conta o estudante gaúcho Maurício Schneider, 19 anos. O colega Alex Carbajo, 26 anos, diz que é preciso aproveitar a maioria das atividades disponíveis. "Afinal de contas, a gente não veio aqui para dormir. Tem muita coisa acontecendo", sugere Carbajo com todo o entusiasmo.

Mas ambos não vieram participar do Fórum. Vieram "ara achar umas violas, as mulheres e ficar por aqui mesmo" define a dupla. Para a estudante pernambucana Elisângela Nunes, 15 anos, a atitude é o que mais a incomoda no acampamento. "Foi difícil chegar até aqui, quatro dias de ônibus. E para ser escolhida pelos alunos da minha cidade para vir para cá, tive de passar por três etapas de seleção", recorda a jovem.

Reuters

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