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Foto de idosa que não passava protetor solar no pescoço viraliza na internet

Imagem mostra a diferença na pele do rosto e do pescoço; pesquisador alerta para o envelhecimento como fator de risco para o câncer de pele

5 set 2022 - 10h28
(atualizado às 11h07)
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Foto de idosa que passava protetor no rosto, mas não no pescoço, mostra diferença "impressionante" entre as duas áreas
Foto de idosa que passava protetor no rosto, mas não no pescoço, mostra diferença "impressionante" entre as duas áreas
Foto: C. Posch/Journal of The European Academy of Dermatology and Venereology

Uma foto que mostra a lateral do rosto e o pescoço de uma idosa de 92 anos foi compartilhada milhares de vezes na última semana. Usada em um artigo científico sobre prevenção de câncer dermatológico, a imagem chama atenção pela diferença do estado da pele nas duas partes do corpo: no rosto, ela se encontra lisa e sem manchas, enquanto no pescoço podem ser observadas rugas e manchas de diferentes tamanhos e tonalidades.

O motivo para a diferença? É que no rosto ela usou o protetor solar ao longo da vida, mas se esqueceu do pescoço.

O artigo foi publicado em outubro do ano passado no periódico Jornal da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia. O autor, o médico dermatologista Christian Posch, comemorou a repercussão da imagem em um tuíte neste sábado: "Fico feliz em ver essa foto circulando. É incrível! Não tem como mostrar os danos causados pelos raios UV de forma mais gráfica", escreveu.

O paper explica que a mulher da imagem usou protetor solar apenas no rosto por mais de 40 anos, o que causou uma diferença "impressionante" na diferença dos danos solares em suas bochechas e em seu pescoço, constatados em análise clínica.

"O envelhecimento é um indutor discreto e potente de câncer de pele que precisa ser abordado sistematicamente para melhorar a prevenção do câncer de pele no futuro", conclui a pesquisa.

O autor também aborda a necessidade de aliar fatores de risco endógenos e exógenos (que fazem parte do organismo humano e que estão fora dele) para reduzir as taxas de incidência da doença. Isso porque, com o envelhecimento da população, ela tende a continuar ocorrendo.

"É somente desenvolvendo tratamentos para o envelhecimento para avançar na prevenção primária do câncer de pele, juntamente com a melhoria da terapia para cânceres de pele estabelecidos, que podemos otimizar ainda mais os cuidados", explica.

Estadão
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