Fotógrafo diz ter sido agredido no Rock in Rio por pai de adolescente após esbarrão
Bruno Sette conversou com o Terra sobre episódio; imagem compartilhada em seu perfil nas redes sociais mostram lesão
Um fotógrafo denunciou ter sido agredido com dois socos no olho esquerdo durante o festival Rock in Rio nesta sexta-feira, 9, pelo pai de uma adolescente após um esbarrão. Era a primeira vez de Bruno Sette, de 33 anos, morador de Cordovil, zona norte do Rio de Janeiro, no festival. O Terra conversou com o homem sobre o epidódio.
Segundo Sette, ele estava passando próximo ao palco Sunset momentos antes do show da cantora Avril Lavigne. "Tinha muita gente sentada e deitada no gramado, impedindo outras pessoas de se locomoverem. Eram muitos grupos de pessoas, quase impossível andar por ali", afirma.
Neste momento, segundo o relato do homem, pela quantidade de pessoas no local, ele diz que deve ter "chutado ou pisado" em uma adolescente sentada no gramado do evento. "Naquele escuro, eu estava andando contra a luz, eu só percebi quando ela começou a gritar e o pai dela me deu um empurrão com o braço", diz.
Após a intervenção do pai da jovem, Sette relata que advertiu o homem. "Eu falei alto 'sai do chão, não está dando pra andar'". Segundo o fotógrafo, foi neste momento que a agressão começou.
"Nisso o pai dela veio para cima de mim com o primeiro soco, que pegou de raspão, e no segundo ele me derrubou no chão em cima de outras pessoas que estavam sentadas", conta.
De acordo com a vítima, após os socos ele se levantou com o celular pronto para pelo menos filmar o rosto do agressor. "Ele ainda tentou vir para cima de mim mais uma vez, mas foi impedido por outras pessoas", diz.
Após a confusão, Sette se deslocou até a enfermaria do evento para tratar os ferimentos. Ele precisou de dois pontos. Depois, segundo relata o fotógrafo, ele seguiu para o Juizado Especial Criminal (Jecrim), montado no espaço, onde fez um boletim de ocorrência.
"Não vi sequer uma pessoa da equipe de organização (do evento) no momento da briga, nem depois. Precisei ir até a enfermaria acompanhado da minha irmã, que estava comigo no momento da agressão", afirma Sette. "Do momento da enfermaria até o registro da ocorrência levou mais de 2 horas, quando eu encontrei minha irmã e amigos e fui embora".
Bruno Sette também afirmou à reportagem do Terra que realizou exame de corpo de delito neste sábado, 10. O caso será investigado pela pela 16° DP, na Barra da Tijuca.
"Gostaria de aproveitar essa situação pra incentivar a organização do Rock in Rio a orientar o público a não fazer esse tipo de coisa. Sentar ou deitar diante do palco para guardar lugar só provoca esse tipo de coisa, além de atrapalhar o trânsito de outras pessoas que também pagaram pra estar ali", finaliza.
O Terra tentou contato com a organização do Rock in Rio, mas até o momento da publicação desta matéria não teve resposta. O espaço segue aberto para manifestação do evento.