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'Fui deixado para trás': Bolsonaro tentou ser 'Kid Preto', mas falhou duas vezes

26 nov 2024 - 13h13
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou, em duas ocasiões, ingressar nas Forças Especiais (FE) do Exército, conhecidas como "kids pretos". Este grupo de elite é composto por militares especializados em operações de alta complexidade, atuando em cenários sensíveis e de alto risco.

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Foto: presidente Jair Bolsonaro (PL) - Marcelo Camargo/agência Brasil / Perfil Brasil

Os integrantes recebem o apelido devido ao gorro preto que utilizam durante as operações. Para fazer parte dessa tropa, é necessário passar pelo rigoroso Curso de Ações de Comandos, realizado exclusivamente por voluntários dentro das Forças Armadas.

Fracassos e reconhecimento marcaram as tentativas de Bolsonaro

Em 2019, durante uma sessão solene na Câmara dos Deputados para homenagear a tropa, Bolsonaro revelou seus fracassos ao tentar ingressar no grupo. "Tentei por duas vezes fazer o Curso de Comandos, mas, nos exames preparatórios, que não foram os físicos, fui deixado para trás", declarou. Ele também reconheceu a dificuldade do curso e demonstrou respeito pelo grupo: "Gostaria de ter tentado o Curso de Comandos e, quem sabe, uma vez aprovado, [...] tentar ser Forças Especiais lá atrás. Não tive sucesso, mas estamos juntos nessa missão de bem zelar pelo nosso país."

O termo "kid preto" voltou ao noticiário recentemente, em meio à Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal (PF). A investigação aponta para a existência de um grupo que planejava um golpe de Estado após as eleições de 2022, com ações que incluíam o assassinato de líderes políticos, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Ligação com a operação da Polícia Federal

Segundo a PF, o grupo responsável pelo plano era formado majoritariamente por militares, incluindo quatro "kids pretos" presos na última terça-feira (19). Entre os detidos está o general da reserva Mario Fernandes, ex-assessor de Bolsonaro, que também discursou na homenagem à tropa de elite em 2019.

A operação, além de atingir o núcleo dos conspiradores, mencionou o nome de Bolsonaro em trechos da decisão judicial que embasou as prisões. Ele teria revisado e alterado um documento conhecido como "minuta do golpe", que, de acordo com a PF, continha o planejamento de ações para subverter a ordem democrática.

Perfil Brasil
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