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Fumaça das queimadas em SP pode prejudicar pulmões e até mesmo o cérebro; entenda

Os sintomas dessa tragédia ambiental são percebidos nos pulmões dos brasileiros, com uma crescente busca por atendimento médico

13 set 2024 - 20h23
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A intensificação das queimadas, principalmente no mês de agosto, trouxe graves implicações para a saúde da população
A intensificação das queimadas, principalmente no mês de agosto, trouxe graves implicações para a saúde da população
Foto: LOURIVAL IZAQUE/AGÊNCIA F8/ESTADÃO CONTEÚDO / Perfil Brasil

O Brasil registrou, até o fim de agosto, 224 mil km² de incêndios, o equivalente ao tamanho de Roraima. A intensificação das queimadas, principalmente no mês de agosto, trouxe graves implicações para a saúde da população. Os sintomas dessa tragédia ambiental são percebidos nos pulmões dos brasileiros, com uma crescente busca por atendimento médico.

Queimadas no Brasil: um problema de saúde pública

Os incêndios florestais no Brasil não são apenas uma questão ambiental, mas também um grave problema de saúde pública. O aumento expressivo na área queimada em 2024 trouxe consigo uma nuvem de poluição, afetando significativamente a qualidade do ar em diversas regiões do país.

Em São Paulo, a situação é especialmente crítica. O hospital infantil Menino Jesus, um dos mais importantes da cidade, viu seu número de atendimentos diários praticamente dobrar durante os períodos de maior poluição.

Um dos casos mais alarmantes é o do pequeno Kleber, um bebê de um mês internado com bronquiolite. Segundo a mãe, Alice Motondo Sanda, os sintomas chegaram junto com a fumaça das queimadas.

A poluição causada pelas queimadas contém diferentes tipos de partículas, que variam em tamanho e composição. As partículas mais grossas tendem a irritar o nariz e a garganta, enquanto as mais finas conseguem penetrar profundamente nos pulmões, chegando até o sangue. Isso pode espalhar efeitos danosos por todo o corpo.

O aumento na busca por atendimento médico é preocupante?

Com a piora na qualidade do ar, hospitais e clínicas registraram um aumento significativo na procura por atendimento médico. No Hospital Infantil Bom Jesus, em São Paulo, o número de consultas aumentou mais de 70% em relação ao período anterior às queimadas. "A poluição agride o revestimento do sistema respiratório, facilitando infecções causadas por vírus ou bactérias", explicou Antônio Madeira, superintendente-médico do hospital, em entrevista ao Jornal Nacional.

Em uma rede de hospitais particulares, o movimento subiu 15% apenas na última semana. Evelyn Okoda, gerente-executiva que não tem problemas de saúde, relatou uma piora significativa em sua condição respiratória, levando-a ao pronto-socorro. "Desde segunda-feira, venho sentindo muita falta de ar e um pouco de tontura", disse Evelyn.

Como mitigar os efeitos da poluição causada pelas queimadas?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que a poluição do ar causa cerca de 7 milhões de mortes por ano no mundo. No Brasil, os especialistas sugerem algumas medidas para reduzir os impactos na saúde:

  1. Evitar atividades ao ar livre nos dias de maior poluição.
  2. Utilizar purificadores de ar em ambientes fechados.
  3. Manter a hidratação, bebendo bastante água.
  4. Buscar atendimento médico ao primeiro sinal de desconforto respiratório.
  5. Implementar políticas públicas de redução das queimadas e proteção ambiental.

A saúde respiratória da população está diretamente ligada à qualidade do ar que respiramos. Para garantir um futuro mais saudável, é crucial enfrentarmos a questão das queimadas com seriedade e implementarmos medidas para reduzir a poluição do ar. A saúde de todos nós depende da saúde do planeta e de um ar mais limpo para respirar.

Perfil Brasil
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