Funcionária presa por desviar dinheiro utilizava recursos para pagar advogado de outro processo de furto
Em Goiânia, uma funcionária de uma loja de roupas foi detida, suspeita de desviar dinheiro para pagar despesas legais relacionadas a um outro processo por furto. Segundo informações da polícia, o valor desviado na loja de roupas foi utilizado para cobrir honorários advocatícios em um caso anterior, em que a suspeita já havia sido acusada por furto em um salão de beleza local.
O delegado responsável pelo caso, Diogo Luiz Barreira, revelou que as operações financeiras irregulares se repetiram em ambas as empresas onde a mulher trabalhava. "A mulher alegou desviar o dinheiro para pagar despesas com um advogado, em outro processo. É um processo antigo que ela tinha, com um mandado de prisão por furto de R$ 25 mil, em um salão de beleza que ela trabalhava", disse ao g1. No salão de beleza, desviou, ao todo, R$ 7 mil.
Como ocorreu o desvio na loja de roupas?
No caso da loja de roupas, a suspeita trabalhava no departamento de marketing e teve acesso privilegiado ao celular empresarial, que era utilizado para transações financeiras. Ao descobrir a senha da proprietária, realizou seis transferências via PIX, depositando os valores na conta bancária de seu esposo, o que inicialmente levantou suspeitas sobre ele, mas sua participação no crime foi descartada pela polícia.
A fraude só foi descoberta porque a proprietária da loja começou a desconfiar de transações suspeitas em sua conta bancária e decidiu investigar. Durante essa apuração, foi constatado que o acesso havia sido realizado a partir do celular da empresa, que estava sob a responsabilidade da acusada.
Qual foi a explicação da funcionária?
Ao ser interrogada pela polícia, a suspeita confessou os delitos e justificou que precisava do dinheiro para pagar um advogado em outro processo judicial em que estava envolvida. Ela afirmou ter aproveitado momentos de distração da chefe para acessar o aplicativo bancário e realizar as transferências. Esse ato reiterado levou à sua prisão, considerando-se uma incidência no crime de furto com abuso de confiança.
Na residência da suspeita, a polícia apreendeu dois celulares pertencentes à empresa, um dos quais não deveria ser utilizado externamente. Essas evidências reforçaram as acusações de furto qualificado devido à violação do vínculo de confiança entre a funcionária e a proprietária da loja.
Após ser detida, a funcionária foi levada à audiência de custódia, onde a Justiça converteu sua prisão em preventiva. Isso significa que ela permanecerá detida até o julgamento, em razão da gravidade dos atos e a possibilidade de continuidade do comportamento criminoso. Se condenada, a pena pode variar de 4 a 8 anos de reclusão, dependendo da avaliação do tribunal sobre as circunstâncias agravantes apresentadas.