Script = https://s1.trrsf.com/update-1744920311/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Funerais verdes ganham espaço e prometem menos impacto

Certificados por órgãos internacionais, funerais ecológicos preservam a natureza e oferecem rituais de despedida alinhados à sustentabilidade. CEO do Grupo Riopae explica como funciona essa modalidade

15 abr 2025 - 13h13
Compartilhar
Exibir comentários

De acordo com um estudo realizado pela Global Growth Insights, o setor de serviços funerários vem passando por mudanças significativas, impulsionado pelo aumento da demanda por cremação, que já representa mais de 60% dos contratos firmados. Por outro lado, os enterros convencionais estão em queda, respondendo por menos de 40% dos serviços. Enquanto isso, os funerais ecológicos ganham força, registrando um crescimento de 35% na procura por caixões biodegradáveis e alternativas sustentáveis de sepultamento.

Foto: Perciliana Ferreira | Marketing Riopae / DINO

Vinicius Chaves de Mello, CEO do Grupo Riopae, responsável pelo Crematório São João Batista, explica que um funeral ecológico se caracteriza pela escolha consciente de práticas que respeitam o ciclo natural da vida e priorizam o uso de materiais 100% biodegradáveis. Essa opção evita o embalsamamento químico e reduz ao mínimo o consumo de energia e recursos. "É, acima de tudo, um ato final de cuidado — não apenas com quem parte, mas também com o planeta, que todos deixamos como legado", acrescenta.

O profissional ainda destaca a diferença entre o funeral tradicional e o ecológico. "Enquanto o funeral tradicional usa caixões revestidos de verniz, metais, plástico e líquidos tóxicos para conservação, o ecológico elimina todo componente não‑biodegradável. Em vez de jazigos de concreto, privilegia-se o solo vivo (sem cimentação) para permitir que o corpo retorne à terra naturalmente, fechando o ciclo de forma sustentável", detalha.

Os materiais sustentáveis utilizados em urnas e caixões ecológicos incluem papelão reciclado e bambu certificado, fibras de coco, salgueiro e juta, sendo todos projetados para decompor‑se em poucos meses e não liberar substâncias nocivas. Melo também destaca as urnas sementes, que carregam uma muda em seu interior e, ao serem depositadas no solo, transformam-se em uma árvore.

"Além das urnas sementes, destacam-se técnicas como a compostagem humana acelerada (transforma restos mortais em solo fértil, em quatro a seis semanas) e impressão 3D de caixões, com biomateriais. Apps de memorialização digital e certificações blockchain, também garantem rastreabilidade ambiental e transparência para as famílias mais exigentes", explica o especialista.

No Brasil, o funeral ecológico ainda está em fase inicial. Porém, países como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália já avançaram mais, com cemitérios ecológicos certificados pelo Green Burial Council, conforme explica o CEO do Grupo Riopae. Nesses espaços, o uso de concreto, produtos químicos e enfeites artificiais é proibido: o corpo é sepultado diretamente na terra, em urnas ou caixões biodegradáveis, dentro de áreas florestais destinadas à memória, que também funcionam como zonas de preservação ambiental.

"Empresas consolidadas já adicionam linhas verdes ao portfólio, criam parcerias com cemitérios ecológicos e buscam certificações de sustentabilidade. Novas funerárias nascem, exclusivamente, voltadas ao 'green burial', acelerando a transição de um mercado, historicamente resistente, para uma abordagem centrada em propósito", ressalta.  

Pegada de carbono e impacto ambiental

Segundo Melo, os funerais ecológicos contribuem para a redução da pegada de carbono, pois ao eliminar o embalsamamento químico (responsável pela liberação de formaldeído), reduzir o transporte de materiais pesados e evitar processos industriais como a metalurgia e o uso de plásticos, há uma queda grande nas emissões de CO₂. "Estima‑se, até, 70% menos emissões, em comparação ao funeral convencional. O solo vivo sequestra carbono, transformando sepulturas em pequenos sumidouros naturais", adiciona.  

A escolha por um funeral ecológico, de acordo com o profissional, é uma combinação do desejo de reduzir impactos ambientais imediatos, do custo, que costuma ser de 20% a 40% mais barato que o convencional e uma visão filosófica de continuidade.

"Para muitos, o funeral ecológico é um último ato de coerência, com valores pessoais, de respeito à natureza. Essa modalidade não é uma moda passageira — é parte de uma revolução cultural, que redefine, como encaramos o fim da vida. Ao transformar sepulturas, em espaços de regeneração, a prática oferece conforto às famílias e esperança ao planeta, provando que o último ato humano pode ser o primeiro passo para um futuro mais verde", finaliza.

Para mais informações, basta acessar: https://www.crematoriosaojoao.com.br/home

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
Compartilhar
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se
Publicidade
Seu Terra












Publicidade