Garoto de 6 anos de SP é picado por aranha-marrom, o que pode ser fatal
Uma história impressionante em São Paulo: um garoto de 6 anos é picado por aranha-marrom, os efeitos podem ser fatais
O Natal de Joaquim Amaral Del Percio, de apenas 6 anos, foi bem diferente do esperado. Em vez de celebrar com a família e abrir presentes, o menino precisou ser levado ao hospital após acordar com um inchaço preocupante no rosto. O caso ocorreu em Embu das Artes, São Paulo, onde ele passou a noite na casa da tia. Inicialmente, os pais pensaram que se tratava de uma picada de inseto comum, mas o quadro se agravou rapidamente, com dor intensa e uma coloração arroxeada ao redor do olho. Ao encontrar uma pequena aranha morta no colchão, a família decidiu buscar atendimento urgente.
Os pais, Milena do Amaral e Davidson Del Percio, levaram Joaquim ao Hospital Vital Brazil, no Instituto Butantan, especializado no atendimento de acidentes com animais peçonhentos. "Cerca de 10 anos atrás, eu sofri uma picada de aranha e fui até o Butantan. Eu lembrava que havia um hospital especializado nesses casos, por isso sabia exatamente onde levar o Joaquim. E foi a melhor decisão que tomei, porque ele foi atendido de imediato", relatou Davidson. No hospital, os especialistas identificaram o aracnídeo como uma aranha-marrom, cujas picadas podem causar complicações graves.
TRATAMENTO DIFÍCIL
Com um caso moderado de envenenamento, Joaquim recebeu cinco ampolas de soro antiaracnídico, além de passar por exames para verificar possíveis complicações, como anemia e insuficiência renal. O inchaço no rosto do menino foi tão intenso que chegou a fechar completamente seu olho esquerdo e comprometer parte da visão. A médica Roberta de Oliveira Piorelli do Instituto Butantã explicou que, no rosto, a picada da aranha-marrom geralmente causa um inchaço progressivo sem necrose, mas exige tratamento rápido.
Após dois dias de internação e acompanhamento médico, Joaquim teve alta, com a recomendação de retornar semanalmente ao hospital por um mês. A rapidez no tratamento foi essencial para sua recuperação. "Quanto mais rápido o paciente recebe o soro, maior a quantidade de veneno que pode ser neutralizada", destacou Piorelli. Dias após a alta, Joaquim começou a recuperar a visão e voltou a brincar normalmente. "Não ouvir sua criança brincando, falando, é muito difícil", desabafou Milena, emocionada ao ver o filho bem novamente.