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Gleisi Hoffmann: "R$ 53 bilhões em emendas parlamentares é um ultraje"

A presidente nacional do PT criticou o Congresso por ter ficado "bravo, chateado" com o corte feito pelo presidente Lula

5 fev 2024 - 17h58
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A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que é um "ultraje" o valor das emendas parlamentares ter subido para R$ 53 bilhões durante a tramitação do Orçamento de 2024 no Congresso. Além disso, em entrevista ao jornal O Globo, ela defendeu que a sociedade deve pressionar o Parlamento a conter o avanço na gestão do Orçamento.

Gleisi Hoffmann, presidente do PT e deputada federal
Gleisi Hoffmann, presidente do PT e deputada federal
Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados / Perfil Brasil

"Aí, o presidente veta R$ 5,6 bilhões, e o pessoal do Congresso fica bravo, chateado. Não pode ser assim. Tudo tem limite. Temos que conservar o que é papel constitucional de cada Poder", disse. A matéria no portal de notícias foi ao ar nesta segunda-feira (5).

Gleisi diz que as emendas parlamentares não podem substituir o governo. Os deputados e senadores usam o dinheiro para bancar obras em seus redutos eleitorais. Desde 2015, o centrão se movimenta para se apoderar cada vez mais do dinheiro do orçamento enquanto a Presidência perde poder de barganha. A petista teve R$ 19.446.343 em emendas pagas pelo governo em 2023, conforme mostra a Câmara.

A presidente do PT também explicou por que o governo não consegue frear o crescimento "exorbitante" das emendas parlamentares. "Não temos uma correlação de forças para isso. Precisamos que a sociedade nos ajude, para não deixar o Legislativo avançar desse jeito".

Corte nas emendas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao sancionar a Lei Orçamentária Anual (LOA), em janeiro, realizou o corte nas emendas. O acordo do governo com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), era gastar no máximo R$ 12 bilhões para as emendas parlamentares.

Mas, quando a LOA passou pelo Congresso, o valor foi aumentado pelos parlamentares. Para apaziguar a relação já difícil entre Executivo e Legislativo, o governo ficou de compensar os parlamentares por essa perda nas comissões.

Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, admitiu que o Executivo poderá reavaliar o veto de Lula às emendas de comissão e previu um anúncio nesse sentido após o Carnaval.

 * Sob supervisão de Lilian Coelho

Perfil Brasil
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