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Google indica principais tendências para o turismo em 2022

As próximas tendências para o mercado de turismo foram temas de estudo encomendado pelo Google em parceria com o Instituto Ipsos

21 jan 2022 - 17h57
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Em um estudo destacado durante a Phocuswright Conference, na Flórida, a liderança do Google trouxe o seu último levantamento com as tendências para o turismo em 2022 com o objetivo de nortear o setor de viagens. 

Foto: Phocuswright Conference / DINO

Os dados que formataram este levantamento foram coletados em parceria com o Instituto Ipsos, líder na área de opinião pública. Segundo o que foi apresentado no evento, este ano as viagens se tornarão ainda mais importantes, com o aumento no desejo das pessoas em garantir "momentos marcantes" e mais experiências para sair da rotina. 

Para aliviar o estresse após o período de paralisação, o desejo de ter mais momentos de lazer inesquecíveis, com novas vivências, até ganhou expressão própria e está sendo citado pelos americanos como 'life moments'. Ao longo do evento, o porta-voz da companhia salientou tendências e algumas mudanças importantes no comportamento do turista para 2022. 

Aumenta busca por mais momentos marcantes 

De acordo com os norte-americanos entrevistados, 56% querem ter algum momento marcante nos próximos meses. Para eles, o turismo desempenha muito bem este papel, seja para viagens a trabalho, estudo, casamento ou mudanças. Dos que planejam vivenciar um desses momentos nos próximos dois anos, 78% respondeu que consideram uma viagem como forma de garantir essa experiência. 

Outro fator importante apontado na pesquisa e que tem ligação direta com a pandemia, é à respeito das garantias e direitos do consumidor no momento da compra. Ao todo, 78% consideram que boas políticas de cancelamentos e alterações são pontos relevantes na hora de tomar uma decisão e efetuar uma reserva. A pesquisa também destacou que 70% dos turistas afirmam que o respeito das empresas pelas restrições de segurança do Covid-19 é de grande importância.

Guia de viagem entre as principais fontes de busca para turistas 

A pesquisa também destacou que, entre os entrevistados, três em cada quatro viajantes irão procurar informações detalhadas sobre as suas origens culturais e étnicas, sendo as fontes principais o famoso boca a boca, os guias de viagem online e os influenciadores presentes nas redes sociais.

Gustavo Albano, fundador do Guia Viajar Melhor e do recém-lançado Guia dos Hotéis, também notou este aumento. "Notamos em dezembro de 2021 um aumento de 38% nas pesquisas orgânicas do site, comparado ao ano anterior, vindas em sua maioria de viajantes que pesquisaram algum destino no Google, conforme relatório da própria plataforma."

Além disso, os últimos acontecimentos criaram viajantes mais exigentes, conectados e dispostos a pesquisar mais antes de finalizar uma reserva ou comprar uma viagem. Este ponto também foi percebido na pesquisa, onde 57% dos norte-americanos que fizeram uma viagem maior no ano anterior usaram uma fonte online como inspiração. Isso mostra a influência das redes sociais na hora do turista escolher o destino.

Dos participantes da pesquisa encomendada pelo Google, 85% dizem que os custos de viagens mais acessíveis se tornam fatores fundamentais na hora de viajar. Gustavo analisa que no Brasil, para quem busca evitar preços altos, os melhores destinos para viajar ainda são os nacionais ou viagens com distâncias menores para países próximos onde o câmbio de moeda seja vantajoso.

O executivo ainda salienta que a pandemia mudou o comportamento do turista em diferentes formas, inclusive na escolha dos destinos. A busca e o interesse das pessoas por viagens no Brasil é bem maior atualmente. "A pandemia transformou a forma como as pessoas viajam, moldando o comportamento do viajante. Por exemplo, as mudanças constantes nas fronteiras reduzem a segurança do viajante na hora de planejar uma viagem ao exterior com antecedência", destaca Gustavo Albano.

O alto preço das viagens para o brasileiro também se torna um empecilho. Segundo matéria publicada no Diário do Comércio, o dólar deve subir em 2022 por conta das eleições e incertezas no cenário político nacional. Esta oscilação, sem dúvidas, é uma preocupação para os viajantes que querem ir ao exterior, visto que o custo da viagem é diretamente influenciado pela cotação da moeda norte-americana.

Mais trabalhadores virando nômades digitais

O interesse das pessoas em ficar mais tempo nos destinos também foi notado nos últimos anos. Nos Estados Unidos, segundo dados do Google Trends, plataforma de pesquisa de tendências da empresa, houve mais volume de buscas para os termos 'long stay hotel' em 2021 do que nos meses iniciais de isolamento social, quando mais pessoas precisavam ficar de quarentena. O termo indica a busca por hotéis com estadias de longa duração, uma tendência nova para o turismo.

Outro comportamento que tomará ainda mais força nos Estados Unidos, é o conceito de nômade digital, que entrou no gosto popular nos últimos anos. Segundo a própria ferramenta de análise do Google, o Google Trends, entre os norte-americanos, a busca por "como se tornar um nômade digital" é a maior nos últimos cinco anos para assuntos relacionados ao tema "nômade".

No guia de viagens em inglês, Flights & Trip, um dos artigos com mais acessos é sobre a ideia de digital nomad (digital nômade), onde indica estudos do sociólogo italiano Domenico De Masi sobre as possibilidades do trabalho remoto e como isso pode mudar a sociedade. 

Segundo o levantamento, todos esses fatores externos moldam as tendências para o turismo em 2022, criando novas perspectivas e materiais de estudo para lideranças da indústria de viagens.

Website: https://mediatouris.com/

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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