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Governo chinês bloqueia contas de influenciadores de luxo; saiba os motivos

A ação é parte de uma estratégia mais ampla do presidente Xi Jinping para reduzir a desigualdade econômica no país. A campanha tem encontrado algum apoio popular, especialmente em um momento de desaceleração econômica

28 mai 2024 - 17h00
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O governo chinês bloqueou contas de influenciadores famosos por seus estilos de vida luxuosos. Nesse sentido, a ação foi uma iniciativa para controlar a exibição de riqueza nas redes sociais. A campanha, intitulada "Clear and Bright" ("Claro e Brilhante"), visa combater a criação de "personas ostentosas" que exibem deliberadamente sua riqueza.

Wang Hongquan e outros influenciadores foram bloqueados devido à “violação das regras de autodisciplina”
Wang Hongquan e outros influenciadores foram bloqueados devido à “violação das regras de autodisciplina”
Foto: Reprodução / Redes Sociais / Perfil Brasil

Entre os influenciadores afetados está Wang Hongquan, conhecido como "Kim Kardashian da China". Com mais de quatro milhões de seguidores no Douyin (versão chinesa do TikTok), Wang publicava vídeos mostrando roupas de grife, voos de primeira classe e uma vasta coleção de joias de jade. Sua conta foi bloqueada por violar as diretrizes da rede social. Outros influenciadores de perfil semelhante, como "Sister Abalone" e "Young Master Bo", também tiveram suas contas desativadas.

Por que esses influenciadores foram 'banidos'?

A administração do Ciberespaço da China, órgão regulador da internet, anunciou a campanha em abril, visando remover conteúdos indesejados das redes sociais. A ação é parte de uma estratégia mais ampla do presidente Xi Jinping para reduzir a desigualdade econômica no país. "Douyin aconselha os criadores a registrarem vidas boas e verdadeiras", declarou a empresa em comunicado. Além disso. afirmou que também agirá contra vídeos falsos de crises médicas e simulações de conflitos domésticos.

A campanha tem encontrado algum apoio popular, especialmente em um momento de desaceleração econômica. Com a economia chinesa crescendo a uma taxa anual de cerca de 5% no primeiro trimestre de 2024, analistas apontam que as condições reais são mais difíceis do que os números sugerem. Muitos cidadãos, enfrentando dificuldades econômicas, veem os conteúdos ostentatórios como vulgares e desconectados da realidade.

Governo chinês já tomou providências parecidas

A repressão à ostentação não é um fenômeno novo na China. Em 2021, influenciadores como Viya, conhecida como "a rainha das transmissões ao vivo", foram multados por evasão fiscal, em uma clara demonstração de que o governo está disposto a tomar medidas severas para manter o controle sobre a cultura das redes sociais.

Os banimentos também refletem uma preocupação com a influência negativa do materialismo sobre os jovens. A mídia estatal Beijing News alertou que a propagação do materialismo pode ter uma má influência sobre os adolescentes, justificando a necessidade de interromper a tendência de luxo na internet.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

Perfil Brasil
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