Governo confirma primeiro foco de gripe aviária em 2024 no Rio Grande do Sul
Aves silvestres em Rio Pardo testam positivo para Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1); Estado mantém status sanitário e comercial inalterados
No domingo (11), o governo do Rio Grande do Sul confirmou o primeiro foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em 2024. A detecção ocorreu em duas aves silvestres, espécie caraúna (Plegadis chihi, "maçarico"), encontradas em um açude na Ilha dos Marinheiros, município de Rio Pardo.
De acordo com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, o vírus não afeta o status sanitário do Estado e do país, tampouco impacta o comércio de produtos avícolas. A contaminação não apresenta risco no consumo de carne e ovos, pois a doença não é transmitida dessa maneira.
O Serviço Veterinário Oficial (SVO-RS) atendeu a notificação e enviou a amostra ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), unidade referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA). Este é o sexto foco de gripe aviária no Rio Grande do Sul, envolvendo aves silvestres e mamíferos aquáticos (leões-marinhos e lobos-marinhos).
Segundo Rosane Collares, diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), uma reunião técnica com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado do RS (SFA/RS) foi realizada para alinhamento das informações e definição da estratégia de atuação.
Rosane destaca que as equipes da Secretaria da Agricultura atuarão na vigilância ativa, monitorando inicialmente o raio de cinco quilômetros a partir do foco, para evitar a disseminação da doença. As orientações serão fornecidas aos criadores para manterem cuidados de biossegurança em suas propriedades.
Notificação de casos: A população deve notificar imediatamente à Seapi casos suspeitos de influenza aviária, incluindo sinais respiratórios, neurológicos ou alta mortalidade em animais. As informações podem ser enviadas via Inspetoria de Defesa Agropecuária do município, pelo Whatsapp (51) 98445-2033 ou pelo e-mail notifica@agricultura.rs.gov.br.
Recomendações aos produtores e criadores de aves de subsistência (fundo de quintal):
- Reforçar medidas preventivas nos estabelecimentos avícolas.
- Revisar telas, passarinheiras, portões e cumeeiras dos galpões.
- Proteger fontes, caixas d'água e silos de ração do contato com aves de vida livre.
- Desinfetar veículos na entrada e saída.
- Trocar roupas e calçados para ingressar na unidade produtiva.
- Não permitir a entrada de pessoas alheias ao processo produtivo nas granjas.
- Criações de aves com acesso a piquetes ou pátios: recomenda-se o fechamento das aves em galpões ou galinheiros e a proteção de bebedouros e comedouros.
- Comunicar imediatamente a Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) em caso de ocorrência de alta mortalidade ou da identificação de aves com sinais respiratórios, neurológicos ou digestórios.
Orientações à população:
- Não manipular nem recolher aves mortas ou moribundas.
- Adquirir aves somente em casas agropecuárias devidamente autorizadas.
- Comunicar imediatamente o Serviço Veterinário Oficial sobre a ocorrência de aves com sinais respiratórios, neurológicos, digestórios ou alta mortalidade, inclusive em aves silvestres.