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Governo estima prejuízo de R$ 4,3 milhões após ataques de 8 de janeiro

Maior parte desse montante corresponde às obras de arte que foram depredadas por extremistas durante os atos antidemocráticos

28 jun 2023 - 11h59
(atualizado às 12h18)
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A Revista Veja publicou que, ao ser questionada sobre os atos antidemocráticos de pessoas que invadiram as sedes dos três poderes, em Brasília, Cássia respondeu com um vídeo insinuando que seriam petistas infiltrados.
A Revista Veja publicou que, ao ser questionada sobre os atos antidemocráticos de pessoas que invadiram as sedes dos três poderes, em Brasília, Cássia respondeu com um vídeo insinuando que seriam petistas infiltrados.
Foto: - Marcelo Camargo Agência Brasil / Flipar

Avaliação realizada pela Presidência da República estimou que os danos causados pelos atos golpistas ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro resultaram em um prejuízo aproximado de R$ 4,3 milhões. A maior parte desse montante corresponde às obras de arte que foram depredadas por extremistas durante os ataques antidemocráticos. 

De acordo com a Coordenação-Geral de Gestão Patrimonial da Presidência, foram identificadas 24 obras de arte danificadas durante o evento. Dentre essas obras, o órgão avaliou os valores de 15 delas, totalizando um montante de R$ 3,5 milhões.

No entanto, o valor total dos danos às obras de arte é ainda maior, pois algumas delas não tiveram seus valores mensurados. Um exemplo é o relógio francês do século 17, presenteado à Dom João 6º pela corte francesa. 

Essa peça única, produzida pelo renomado artista Balthazar Martinot, possui apenas 2 unidades conhecidas, sendo a segunda encontrada no Palácio de Versalhes, na França.

"A extensão de cada perfuração (tamanho médio da pedra portuguesa), a característica de cada dano (com destacamento parcial do suporte) e localização na tela (ao centro de sua extensão) podem levar ao agravamento da deterioração em decorrência da movimentação natural das fibras do tecido em estiramento", detalharam os técnicos no laudo.

CPMI do 8 de janeiro

Na terça-feira, 27, a CPMI do 8 de janeiro recebeu o balanço mais abrangente elaborado pelo Palácio do Planalto, que detalha os danos e extravios causados pelos vândalos durante o evento. O relatório apresenta informações minuciosas sobre os bens afetados após a invasão à sede dos Três Poderes. 

"Não apenas porque questões relativas ao simbólico são sensíveis a divergências de entendimento, mas também porque o valor estrito de obras artísticas é uma categoria fluida. Bens móveis podem depreciar ou não, podem valorizar ou não, conforme determinações individuais do Mercado de Arte, já que paradoxalmente ambas situações são possíveis", diz trecho do parecer.

Outros gastos

Para a restauração das áreas internas e externas do Palácio do Planalto, o valor aproximado de R$ 300 mil foi empregado. A maior parte desse montante (R$ 204 mil) foi destinada à reposição dos vidros que foram danificados pelos vândalos durante o ataque.

Além disso, os gastos incluem cerca de R$ 39 mil para o reparo dos elevadores danificados, R$ 15 mil para a substituição de divisórias especiais e R$ 8,7 mil para a realização de reparos na parte elétrica, juntamente com outros custos relacionados.

A Presidência da República também divulgou informações sobre 189 bens móveis que sofreram danos causados pelos manifestantes radicais.

Essa lista abrange diversos itens, como monitores de vídeo, seis microcomputadores, 79 cadeiras empilháveis, televisões e outros, totalizando um prejuízo estimado em R$ 363 mil.

Fonte: Redação Terra
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