Governo fará o necessário para garantir equilíbrio fiscal, diz Rui Costa
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta segunda-feira que o governo federal fará o que for necessário para garantir o equilíbrio das contas públicas, destacando que esse é um compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"O compromisso fiscal não é do ministro A, do ministro B. O compromisso fiscal é do presidente da República, do governo", afirmou em entrevista a jornalistas na Granja do Torto após reunião ministerial com o presidente.
De acordo com Costa, novas medidas fiscais, como vem sendo especulado, não foram tratadas na reunião ministerial, que durou sete horas, e também não haveria novos estudos sobre isso, mas reafirmou que, se for necessário, outras medidas virão.
"Eu quero reafirmar, tudo que precisar ser feito para cumprir o equilíbrio fiscal, será feito. A qualquer tempo, a qualquer mês que se mostre necessário", disse.
O ministro defendeu ainda que espera ver o dólar -- que fechou em baixa nesta segunda-feira pela posse do presidente norte-americano Donald Trump e por leilões do Banco Central -- caia ainda mais nos próximos meses e volte a um patamar mais próximo do que considera a realidade da economia brasileira.
Costa foi ainda questionado se o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teria sido enfraquecido pela confusão causada pelas notícias falsas de tributação do Pix, e negou.
"Ministro Haddad não pode ter saído enfraquecido porque não houve uma medida de verdade. O que se montou foi uma notícia mentirosa para aterrorizar a população", afirmou o ministro. "Em hipótese nenhuma foi pensado em tributar ou taxar pix."
REFORMA MINISTERIAL
Questionado sobre a possibilidade de uma reforma ministerial acontecer até o final do mês, como havia afirmado anteriormente, Costa disse que o presidente continua "refletindo" sobre mudanças na equipe, mas não há um prazo para uma decisão.
Há duas semanas o próprio ministro havia afirmado que a reforma deveria sair até o dia 21 deste mês, logo após a reunião ministerial. No entanto, não há sinais de que Lula esteja pronto para trocas.
De acordo com uma fonte, as mudanças devem ser feitas apenas depois da eleição para as mesas da Câmara e do Senado, no início de fevereiro, para refletirem a composição da base do governo no Congresso. Além disso, há problemas pontuais de reorganização interna do governo que estão sendo analisados pelo presidente.