Governo Lula deve reforçar críticas a Israel na Corte de Haia
O Brasil também deve descartar pedido de desculpas a Benjamin Netanyahu pela comparação da ação em Gaza com o extermínio de judeus no Holocausto
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva deve renovar nesta terça-feira (20), desta vez em Haia, sua reprovação à política de Israel sobre os territórios palestinos.
O Brasil também deve descartar pedido de desculpas a Benjamin Netanyahu pela comparação da ação em Gaza com o extermínio de judeus no Holocausto.
A Corte Internacional de Haia analisa, a pedido da Organização das Nações Unidas (ONU), a legalidade da ocupação, por meio de assentamentos, de locais como a Cisjordânia.
O governo brasileiro deve se manifestar ainda hoje, no início desta tarde desta terça-feira.
A posição do país será de tratar a ocupação desses territórios como ilegal, segundo informou a jornalista Daniela Lima, do g1.
Segundo fontes que tiveram acesso aos estudos que nortearão a posição da diplomacia do Brasil, o entendimento é o de que a política de ocupação israelense impõe uma espécie de apartheid, uma segregação aos palestinos.
Esse episódio que se instalou desde o fim de semana na relação entre Brasil e Israel antecede a reunião do presidente
Lula com dois agentes importantes nos desdobramentos dos principais conflitos de hoje no mundo.
Ou seja, Lula deve receber na quarta (21) o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken.
Por outro lado, na quinta (22), também deve receber o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
A reunião com Lavrov, contudo, ainda está em suspenso. Ambos, Blinken e Lavrov, virão ao Brasil para a reunião do G20.
Quem é fixo hoje no Conselho de Segurança da ONU não quer que nenhum país mais entre. A geopolítica é outra, diferente de 1945. Precisamos de representação de mais países, inclusive do Sul Global.
— Lula (@LulaOficial) February 18, 2024