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Governo revoga ato de fiscalização ao Pix

15 jan 2025 - 17h23
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Foto: depositphotos.com / rafapress / Perfil Brasil

O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou nesta quarta-feira (15) que o governo irá revogar a proposta de ampliar as normas de fiscalização sobre operações financeiras realizadas com Pix.

O órgão havia implementado novas medidas visando aprimorar a fiscalização das transações financeiras realizadas no país. No início deste ano, além de dados bancários tradicionais, o Fisco passou a acessar informações de operadoras de cartão de crédito e instituições de pagamento, conhecidas popularmente por suas "maquininhas".

O aumento do controle sobre esses canais financeiros busca prevenir fraudes e sonegação fiscal, promovendo uma maior transparência nas transações econômicas. No entanto, essa decisão também trouxe consigo uma série de mal-entendidos, alimentando desinformações, principalmente quanto à possibilidade de tributação de transferências via Pix.

O papel das instituições de pagamento

As instituições de pagamento desempenham um papel crucial na facilitação de compras e vendas sem, contudo, oferecer serviços financeiros tradicionais, como empréstimos. Essas entidades incluem desde grandes varejistas até bancos digitais e carteiras móveis, atuando como intermediárias no fluxo de recursos entre consumidores e fornecedores. Com a nova normativa, essas instituições também passaram a reportar à Receita movimentações financeiras superiores a R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas.

A decisão de ampliar o escopo das informações reflete a necessidade do governo em acompanhar de perto o crescente uso de métodos de pagamento alternativos, que muitas vezes escapavam ao controle tradicional das autoridades fiscais. Essa expansão de fiscalização foi recebida com preocupações por alguns setores, que temem o levantamento de barreiras para o desenvolvimento de inovação no mercado financeiro.

Pix: tributação ou não?

Um dos focos principais do debate tem sido o Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do Brasil. Temores de que transações realizadas via Pix poderiam ser tributadas emergiram rapidamente após o anúncio das novas medidas. Porém, o governo, por meio do ministro Fernando Haddad, garantiu que tais transações não serão oneradas. Uma Medida Provisória foi anunciada para reafirmar os princípios de não tributação do Pix e garantir a confidencialidade das transações realizadas por este meio.

"É para evitar judicialização e mentiras que a Receita Federal está tomando a atitude de revogar. O Advogado-geral da União, Jorge Messias, vai falar como vamos chegar nos autores das Fake News. Tudo isso para resguardar as pessoas", afirmou o ministro à imprensa.

Esta declaração vem no intuito de tranquilizar usuários e evitar a disseminação de informações enganosas que têm circulado nas redes sociais. A proteção dos dados e a não tributação do Pix são destacadas como partes essenciais da política financeira atual, preservando a usabilidade e popularidade do sistema no país.

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