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Gravadoras se unem e processam empresas de IA nos EUA por violação de direitos autorais

Segundo grandes gravadoras como Sony Music, Universal Music Group e Warner Records, esse uso não licenciado visa treinar sistemas que aprenderiam a compor músicas

24 jun 2024 - 22h03
(atualizado às 22h19)
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O cenário musical está mais uma vez no centro de uma polêmica tecnológica e judicial. Recentemente, gravadoras importantes como Sony Music, Universal Music Group e Warner Records lançaram um ataque legal contra duas startups de inteligência artificial, Suno e Udio. O litígio, que ocorre em um contexto de crescentes tensões entre criação tradicional e inovações disruptivas, traz à superfície debates importantes sobre os limites da tecnologia na arte.

Gravadoras processam empresas de IA por violação de direitos autorais
Gravadoras processam empresas de IA por violação de direitos autorais
Foto: Canva Fotos / Perfil Brasil

O desencadeador da disputa foi a alegação de que estas empresas de IA utilizaram músicas dos acervos das gravadoras sem autorização prévia. Segundo as gravadoras, esse uso não licenciado visa treinar sistemas que aprenderiam a compor músicas, posicionando-se no mercado de modo a competir diretamente com músicos humanos. Esse cenário não só reduziria o valor comercial das obras originais, como também poderia eventualmente diminuir a relevância do talento humano na indústria musical.

O que está em jogo com o uso de IA na música?

A iniciativa das gravadoras se expressou por meio de processos judiciais movidos em Nova York contra a Udio e em Massachusetts contra a Suno. Alegações destacam o risco dessa nova tecnologia "suprimir" a arte criada por seres humanos, apontando para uma possível desvalorização do trabalho artístico que sustentou a indústria da música por décadas.

Até o momento, representantes das empresas Suno e Udio mantêm-se silenciosos quanto às acusações, não tendo respondido às tentativas de contato para comentários sobre o caso. Este silêncio pode ser interpretado de diversas maneiras, mas certamente não contribui para a imagem das startups perante o público e outros stakeholders da indústria musical.

Existe um caminho para a coexistência entre IA e artistas?

Mitch Glazier, presidente da Associação de Gravadoras dos Estados Unidos (RIAA), aponta para um caminho de coexistência possível, mas dependente do compromisso de empresas de IA em colaborar efetivamente. Segundo ele, "a comunidade musical abraçou a IA", já existindo um esforço para integrar tecnologias de forma que ambas as partes, humanos e máquinas, possam beneficiar-se mutuamente. No entanto, para que este futuro se concretize, é imprescindível que as novas tecnologias operem dentro dos parâmetros legais e éticos estabelecidos.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

Perfil Brasil
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