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Grupo de 'venda de engajamento' derrubado pelo Facebook foi recriado minutos depois

Alvo de investigação que tirou do ar 72 grupos, 50 contas e cinco páginas, PCSD pretende 'reerguer o império' desmantelado

15 ago 2018 - 15h13
(atualizado às 15h31)
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Pouco menos de uma hora após a derrubada de uma rede de amplificação falsa de engajamento no Facebook, os administradores do grupo PCSD criaram um novo grupo e novos perfis pessoais na plataforma. A estratégia foi definida como um "recomeço" por uma usuária que se apresenta como Isabela Guimarães. "Vamos reerguer nosso império com a mesma velocidade que nos foi tirado", escreveu ela em uma postagem às 9h21 desta quarta-feira, 15.

Nesta manhã, a rede social retirou do ar 72 grupos, 50 contas e cinco páginas após uma investigação que revelou um mercado de compra e venda de páginas, curtidas, compartilhamentos e comentários. Segundo relatório do Digital Forensic Research Lab (DFRLab) ao qual o Estado teve acesso, a rede de amplificação falsa se envolveu na promoção de conteúdo político nas eleições do México — o que deixou a empresa em alerta para possíveis interferências no pleito brasileiro.

Integrantes do grupo PCSD falavam abertamente sobre venda de páginas do Facebook. Rede de engajamento artificial foi derrubada nesta quinta-feira.
Integrantes do grupo PCSD falavam abertamente sobre venda de páginas do Facebook. Rede de engajamento artificial foi derrubada nesta quinta-feira.
Foto: Reprodução/Estado / Estadão

Em pouco menos de cinco horas, o grupo de "recomeço" do PCSD já contava com 1.249 integrantes. Um dos moderadores da comunidade se identifica como Leite Pags — e usa a mesma foto de um dos perfis excluídos hoje pelo Facebook, Anderson Leite. Ele era dono das páginas 'Ri Muito', com 6 milhões de curtidas, 'Palavra, Pensamento e Atitude', com 1,2 milhão, 'Frases e Indiretas', com 1 milhão, e 'Palavra Pensamento e Atitude', com 1,2 milhão.

O grupo criado nesta manhã também tem como administrador o perfil Jhonatan Yaser, mesmo nome dado a uma das contas excluídas pelo Facebook. À reportagem, o usuário negou ter ganhado dinheiro com venda de engajamento e disse que a empresa está equivocada. "Deveriam melhorar a análise deles."

Reproduções de postagens mostram como usuários publicavam até fotos de extratos bancários para provar que haviam realizado vendas e mostrar o quanto haviam recebido. Em uma delas, um usuário identificado como Luã Santos afirma ter comprado três páginas com 220 mil, 267 mil e 222 mil likes por R$ 1.350.

Estadão
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