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Guarda municipal é assassinado em festa com tema do PT; partido acusa bolsonarista

Marcelo Arruda comemorava seu aniversário de 50 anos quando um homem armado invadiu o local e disparou tiros contra ele; ambos morreram

10 jul 2022 - 12h27
(atualizado às 17h39)
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Um guarda municipal de Foz do Iguaçu (PR) foi morto a tiros no sábado, 9, durante sua festa de aniversário de 50 anos, que tinha decoração com o tema do Partido dos Trabalhadores (PT). Marcelo Arruda era filiado ao PT e foi candidato a vice-prefeito em Foz do Iguaçu nas eleições de 2020. Segundo relatos, o atirador seria Jorge José Guaranho, um agente penitenciário federal e apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

Foto: Poder360

Em nota oficial, o PT afirma que Arruda foi assassinado pelo homem identificado com o bolsonarismo, que, momentos antes do crime, havia interrompido a festa e ameaçado os presentes com uma arma na mão, na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu. Conforme a nota, Marcelo Arruda foi abordado no estacionamento e tentou se defender com sua arma funcional e houve troca de tiros.

A polícia civil do Paraná informou que Jorge José Guaranho está internado na UTI e foi autuado em flagrante. Inicialmente, a polícia tinha informado que agressor e vítima tinham morrido.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se pronunciou em suas redes sociais. "Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele, que se defendeu e evitou uma tragédia maior. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda."

Segundo imagens que circulam nas redes, a decoração da festa incluía uma bandeira com a foto de Lula com a faixa presidencial e os dizeres: "Pro Brasil voltar a sorrir", além de um bolo decorado com a estrela do partido e outros adereços alusivos ao petismo. Arruda estava vestindo uma camisa com o rosto de Lula.

Em sua publicação, Lula também pediu "compreensão e solidariedade com os familiares" de José da Rocha Guaranho e sugeriu que ele foi influenciado pelo "discurso de ódio" do presidente Jair Bolsonaro.

"Também peço compreensão e solidariedade com os familiares de José da Rocha Guaranho, que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável. Pelos relatos que tenho, Guaranho não ouviu os apelos de sua família para que seguisse com a sua vida. Precisamos de democracia, diálogo, tolerância e paz."

Já a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffman (PR), destacou que é uma tragédia "fruto da intolerância dessa turma" bolsonarista. "Nosso companheiro e amigo Marcelo Arruda, guarda municipal em Foz do Iguaçu, foi assassinado ontem em sua festa de 50 anos. Um policial penal, bolsonarista, tentou invadir a festa com arma. Trocaram tiros. Ambos morreram. Uma tragédia fruto da intolerância dessa turma."

O ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil), que foi ministro de Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, também repudiou o que classificou como violência política, sem fazer qualquer referência direta ao caso, em manifestação na sua página oficial no Twitter. "Precisamos repudiar toda e qualquer violência com motivação política ou eleitoral. O Brasil não precisa disso."

O pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) disse que o ódio político precisa "ser contido", citando a morte de "dois pais de família" fruto de uma "guerra absurda, sem sentido e sem propósito". "É triste, muito triste, a tragédia humana e política que tirou a vida de dois pais de família em Foz do Iguaçu. O ódio político precisa ser contido para evitar que tenhamos uma tragédia de proporções gigantescas."

Estadão
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