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Guilherme Mazieiro

Brasil assume presidência do G20 e terá desafios com guerras, questão climática e Putin

Além dos desafios internacionais, 2024 será ano de eleição, e Lula pretende rodar o País para acompanhar a execução de obras do PAC

1 dez 2023 - 05h00
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Brasil presidirá G20 até novembro de 2024, quando ocorrerá cúpula com todos os membros no Rio de Janeiro
Brasil presidirá G20 até novembro de 2024, quando ocorrerá cúpula com todos os membros no Rio de Janeiro
Foto: Poder360

O Brasil assume nesta sexta-feira, 1º, a presidência temporária do G20, grupo que reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e, a partir deste ano, a União Africana. Durante o mandato de um ano, o presidente Lula (PT) terá que lidar com temas complexos na política internacional, que vão desde o combate à fome, questões climáticas, sustentabilidade, transição energética, até os conflitos entre Rússia e Ucrânica e Israel e Hamas.

Há também uma questão pontual sobre a cúpula, prevista para ocorrer em 18 e 19 novembro de 2024, com os representantes desses países. No evento, deve constar a participação do presidente russo, Vladimir Putin, mas sua presença é incerta. O mandatário é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e se recusou a participar presencialmente da cúpula do G20 na Índia, em setembro deste ano, participando virtualmente. Lula já disse que, se Putin vier ao Brasil, ele não será preso.

No primeiro ano de sua gestão, o petista fez 15 viagens internacionais e tem criticado continuamente a chamada governança global, incluindo tanto órgãos como o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) quanto o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI). O petista cobra uma renovação do modelo de participação e decisão em órgãos da ONU, por exemplo.

Na semana passada, o presidente Lula instalou a Comissão Nacional do G20, da qual fazem parte, além dele, os 39 autoridades, entre minsitros, presidentes da Câmara, Senado e Banco Central.

"Possivelmente esse será o mais importante evento internacional que nós iremos organizar”, disse durante o evento. “A gente vai ter uma reunião histórica no País, que espero que possa tratar de assuntos de que nós precisamos parar de fugir, e tentar resolver os problemas. Não é mais humanamente explicável o mundo tão rico, com tanto dinheiro atravessando o Atlântico, e haver tanta gente ainda passando fome”, afirmou.

Com a realização de eventos do G20 ao longo do ano que vem no Brasil, o presidente fará mais viagens pelo País para acompanhar a execução de obras. No ano de 2024, é importante a movimentação de Lula pelo Brasil por conta das eleições municipais.

Ao longo do mandato brasileiro à frente do G20, estão previstas ao menos cem reuniões dos grupos de trabalho de diferentes áreas, como economia, Justiça, meio ambiente, saúde. Os encontros acontecerão presencialmente em cidades-sedes das cinco regiões e virtualmente.

No fim da tarde desta sexta, será feita uma projeção no Museu da República, em Brasília, com as principais mensagens da Presidência brasileira do G20: combate à fome, pobreza e desigualdade; desenvolvimento sustentável (econômico, social e ambiental) e reforço da governança global.

O G20

O grupo é formado pelos seguinte membros: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Europeia e União Africana, que recebeu status de membro na Cúpula de Nova Delhi, em setembro. O G20 responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e 2/3 da população mundial.

Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
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