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Guilherme Mazieiro

Casa Civil reúne 10 ministros e cobra plano de ações para crise dos Yanomamis

Rui Costa pediu que pastas apresentem plano de trabalho com ações que será enviado ao STF, onde tramita uma ação para proteção dos indígenas

23 jan 2024 - 19h06
(atualizado às 19h10)
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Ministros Rui Costa (Casa Civil) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social) durante reunião, nesta terça, 23.
Ministros Rui Costa (Casa Civil) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social) durante reunião, nesta terça, 23.
Foto: Henrique Raynal/Casa Civil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, se reuniu nesta terça, 23, com nove ministros do governo Lula (PT) para tratar da questão Yanomami. Ele, que coordena as ações, cobrou das pastas um plano de trabalho que deverá ser apresentado internamente e depois ser enviado ao STF Supremo Tribunal Federal (STF), onde tramita um processo para garantir proteção a essa população.

Durante a reunião foi distribuído aos ministros um documento intitulado “Emergência Yanomami”. O material contém informações sobre ações do governo e o andamento de cada uma delas na TI. No encontro foi falado sobre a proposta de montar uma Casa de Governo em Roraima, ações na área de saúde, distribuição de alimentos e ferramentas e fiscalização sobre crimes que acontecem na área.

A Casa de Governo, anunciada neste ano por Rui Costa, é uma iniciativa para integrar a ação de diversos órgãos federais em Roraima para uma atuação permanente junto aos Yanomami. O investimento total das ações envolvidas na Casa de Governo deve chegar a R$ 1,2 bilhão. No dia do anúncio, Lula disse que a questão indígena e a dos Yanomamis seriam tratadas como “uma questão de Estado.”

Em entrevista à coluna, o vice-presidente da Associação Hutukara Yanomami, Dário Kopenawa, afirmou que a nova proposta do “não vai resolver [os problemas] da população Yanomami, não vai resolver morte, não vai resolver desnutrição, não vai resolver casos de malária, não vai resolver estruturas dos postos de saúde”. E criticou a condução do governo, alegando que os indígenas não foram consultados sobre o plano.

Os indígenas vivem uma crise humanitária e sanitária em razão da atuação de garimpeiros ilegais em suas terras. Em janeiro de 2023, em visita aos indígenas, o presidente Lula prometeu dar “dignidade” e “acabar com o garimpo ilegal” na TI (Terra Indígena) Yanomami, a maior do país. A situação ainda segue crítica e neste ano, o governo tem feito reuniões semanais sobre o assunto.

Na segunda semana de janeiro, um grupo de ministros esteve na terra Yanomami para uma visita por determinação do presidente Lula. Eles desembarcaram em Boa Vista e seguiram para Auaris, no território demarcado. Após a visita, um deles relatou à coluna que a situação dos indígenas está "muito ruim", ainda que tenha melhorado em relação ao ano passado.

Veja a seguir dos participantes da reunião desta terça, 23, na Casa Civil:

Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara

Minsitra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva

Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet;

Ministrodos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida;

Minsitra da Saúde, Nísia Trindade;

Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira;

Ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo;

Minsitra da Gestão e Inovação de Serviços Públicos, Esther Dweck;

Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias;

Ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.

Além dos ministros, estiveram presentes o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, e representantes do Ministério da Defesa e Defesa Civil.

Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
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