Ex-ministro, militares: quem visitou Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Preso desde maio, o tenente-coronel do Exército recebeu 73 visitas na cadeira; nesta terça, 11, Cid prestou depoimento à CPMI do 8/1
Considerado uma das peças chave da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas do dia 8 de janeiro, o, recebeu 73 visitas na prisão desde maio. Ele foi detido durante uma operação da Polícia Federal na investigação sobre fraudes no cartão de vacina e presta depoimento na comissão tarde desta terça-feira, 11.
No início do depoimento, a relatora Eliziane Gama (Cidadania-MA), questinou ao militar porque recebera visita do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, atualmente deputado federal pelo PL do Rio, do ex-secretário de Comunicação do governo Jair Bolsonaro (PL), Fábio Wajngarten, e do ex-comandante do Exército Júlio César de Arruda, que era responsável pelas tropas durante o dia 8 de janeiro. Cid se valeu de uma decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carmen Lúcia e não respondeu aos questionamentos sobre as visitas nem nenhuma outra pergunta.
A coluna optou por divulgar os nomes de pessoas que tiveram cargos políticos ou relação com as investigações que pesam sobre Cid. Na lista aparecem nome dos pais de Cid, da esposa e outros parentes e amigos. Por decisão do ministro Alexandre de Moraes em junho, as visitas foram limitadas a familiares e advogados. Na lista não consta o nome de Bolsonaro nem de nenhum familiar seu.
Veja a relação de alguns nomes que visitram Cid na prisão:
Eduardo Pazuello (PL-RJ), e ex-ministro da Saúde
Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro
General Júlio César Arruda, ex-comandante do Exército
General Ridalto Lúcio Fernandes, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde
Coronel Jean Lawand Júnior, coronel do Exército que trocou mensagens com teor golpista
General Estevam Cals Theophilo de Oliveira, ex-chefe do Comando Militar da Amazônia
General Roberto Escoto, diretor da Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) no governo Bolsonaro
Rodrigo Roca e Bernardo Fenelon, advogados
Darlan Sena, ex-assessor de comunicação do então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno
Osmar Crivelatti, militar, ex-assessor de Bolsonaro que foi designado para cuidar das joias sauditas