Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Guilherme Mazieiro

Governador réu por corrupção prestará depoimento no STJ nesta sexta

O governador Gladson Cameli (PP) virou réu em maio e responde também por organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele nega os crimes.

24 out 2024 - 13h31
Compartilhar
Exibir comentários
Gladson Cameli, governador do Acre.
Gladson Cameli, governador do Acre.
Foto: Divulgação

O governador do Acre, Gladson Cameli (PP), tem depoimento marcado nesta sexta, 25, no processo em que é réu no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele responde por organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva

Em maio deste ano, a Corte Especial do STJ tornou réu o governador em decisão unânime a pedido da Procuradoria-Geral da República, mas mantendo-o no cargo. À época, Cameli negou os crimes e, em nota, disse que "a justiça cumpriu o seu papel e agora terei a oportunidade de me defender e provar minha inocência e idoneidade. Essa foi a primeira vez que estou sendo oficialmente ouvido, sigo confiando na justiça".

Entenda o caso

Segundo a PGR considera que Gladson Cameli exerce o papel de liderança em um suposto esquema de corrupção e desvio de dinheiro em contratos públicos do Acre.

A denúncia recai sobre um contrato da Secretaria de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano do estado com a empresa Murano Construções, em maio de 2019, no primeiro mandato do governador, para manutenção de prédios públicos.

Os investigadores identificaram que, um dia após a assinatura do contrato, a Murano fechou uma parceria com a Rio Negro, administrada por Gledson Cameli, irmão do governador, que teria recebido quase R$ 2 milhões. Para os investigadores, está claro que houve um acerto para a contratação indireta da empresa do irmão do governador e uma tentativa de ocultar sua participação para não chamar atenção de órgãos de investigação e controle.

Uma das provas consideradas centrais no inquérito é a compra de um apartamento, avaliado em R$ 6 milhões, no bairro dos Jardins, em São Paulo. O imóvel é apontado como pagamento de propina.

Para a ministra Nancy Andrighi, relatora do caso, há "elementos indiciários" de que o governador agiu "dolosamente" e participou de um esquema "sofisticado" de corrupção.

A coluna pediu posicionamento para assessoria do governador por e-mail no início desta quinta, 24. O espaço está aberto à manifestação.

*Com Estadão Conteúdo

Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade