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Guilherme Mazieiro

Governo Lula estuda medidas contra fake news que impactou na alta do dólar

Em meio à escalada do dólar, postagem com falas falsas do futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, elevou ainda mais cotação da moeda.

18 dez 2024 - 14h02
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Moeda americana está cotada acima dos R$ 6.
Moeda americana está cotada acima dos R$ 6.
Foto: Reuters

O governo Lula (PT) avalia medidas que pode adotar contra uma página que fez publicações com declarações falsas, atribuídas ao futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. A publicação feita às 11h da terça, 17, repercutiu em grupos de analistas e operadores do mercado, logo depois, por volta de 12h15, o dólar atingiu o valor máximo de R$ 6,20. A escalada da moeda americana ocorre desde o início do mês, com o anúncio de ajuste fiscal do governo e da proposta de aumentar a cobrança de impostos para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês para compensar a isenção de quem ganha até R$ 5 mil por mês.

A coluna apurou que a Secretaria de Comunicação Social (Secom) levanta informações sobre o caso e analisa a possibilidade de pedir investigações ou outros encaminhamentos. O assunto chegou também à Advocacia-Geral da União (AGU), que está a par da questão, mas só poderá atuar formalmente se for acionada formalmente pelo Banco Central.

O perfil responsável pela postagem, "Insiders Capital", tinha cerca de 3,5 mil seguidores e nesta quarta-feira aparece apagado. A página da conta apresenta a mensagem "este perfil não existe".

A publicação trazia declarações falsas, de que Galípolo teria dito que a alta do dólar seria artificial e que "a moeda dos Brics nos salvaguardaria da extrema influencia que o dólar exerce no nosso mercado". Em outra pubicação, a página dizia que o diretor do BC teria chamado o dólar de "moeda estadunidense" e indicando que a meta do BC seria levar a cotação a R$ 5. No entanto, Galípolo não teve agendas em que pudesse ter dado essas declarações.

Pela manhã, o ministro da Secom, Paulo Pimenta, fez uma postagem nas redes sociais dizendo que a internet "não é terra sem lei e os criminosos serão identificados".

Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
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