Haddad se reúne com Lira e relator para ajustar texto final da nova regra fiscal
Pela manhã, Haddad discutiu projeto com Lula no Planalto; relator da proposta, Cláudio Cajado (PP-BA), prometeu divulgar hoje texto
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, se encontraram na tarde desta segunda-feira, 15, com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na residência oficial da Câmara, no Lago Sul, em Brasília, para discutir o texto do arcabouço fiscal. O relator da proposta na Câmara, Cláudio Cajado (PP-BA), também participou.
"Esse é um dia que vai ter muitas reuniões. Nós vamos até o fim do dia com isso, até acertar alguns detalhes. No final do dia temos uma nova rodada, tudo indica que devemos concluir as negociações até o final da noite de hoje", disse Haddad a jornalistas após o encontro. Está marcada uma nova reunião entre essas autoridades na residência oficial, nesta segunda, 15, às 19h.
Ainda hoje, o deputado Cajado deve discutir seu relatório junto aos líderes da Câmara com a expectativa de que cheguem a uma versão final. Quando estiver fechado, o relatório deve se tornar público. O texto original está sendo discutido e ajustado pelo deputado junto a diferentes bancadas da Casa desde o início de abril, quando foi enviado pelo governo Lula.
O encontro com Lira não constava na agenda de Haddad divulgada pela manhã. Originalmente, havia duas reuniões dele com Lula, uma para discutir o arcabouço e outra com representantes de bancos públicos. Mas Haddad deixou o Planalto sem participar da segunda agenda.
No primeiro encontro da manhã, Haddad e Ceron se reuniram com Lula para discutir a proposta de arcabouço fiscal. Participaram os ministros da Casa Civil, Rui Costa, de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) e no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) e outros membros da equipe econômica.
A aprovação do arcabouço é a principal pauta do governo Lula neste primeiro semestre. O projeto estabelece novos parâmetros para os gastos públicos e controle fiscal.
Apesar de Lula ter uma base frágil e cobrar publicamente melhorias na articulação política, há expectativa de que a proposta será aprovada. Em entrevista ao Terra, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que “não ter maioria neste momento não atrapalha a pauta econômica”, porque entende que as propostas do governo estão alinhadas com o entendimento da maioria dos parlamentares.