Script = https://s1.trrsf.com/update-1725976688/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Guilherme Mazieiro

Ibama: fogo está controlado em SP e Pantanal, mas há “muitos” focos na Amazônia

Presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, relatou situação à coluna. Casa Civil fará reunião com ministros sobre combate às queimadas.

26 ago 2024 - 16h21
(atualizado às 16h28)
Compartilhar
Exibir comentários
Incêndio em área canavieira
Incêndio em área canavieira
Foto: Divulgacao/Canaoeste / Estadão

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, disse à coluna na tarde desta segunda, 26, que as queimadas no estado de São Paulo e no Pantanal estão sob controle. Mas que na Amazônia existem “muitos focos”. Ele projeta que na quarta-feira, 26, deve entrar uma nova onda de calor “que deve agravar os problemas em algumas regiões” do país.

“Os focos em São Paulo e Pantanal estão sob controle no momento. A frente fria ajudou muito. Na Amazônia [existem] muito focos ao longo de estradas como BR 163, BR 230 (Transamazônica) e BR 319”, afirmou Agostinho.

Às 18h desta segunda, 26, o ministro da Casa Civil, Rui Costa fará uma reunião para atualizar a situação. Devem participar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o presidente do Ibama.

Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, homem branco, loiro, com cabelos compridos, aparece falando ao microfone em audiência pública ocorrida na Câmara dos Deputados
Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, homem branco, loiro, com cabelos compridos, aparece falando ao microfone em audiência pública ocorrida na Câmara dos Deputados
Foto: Aos Fatos

As rodovias citadas pelo presidente do Ibama ligam diferentes estados do país e têm grande importância para a região amazônica. A BR 163 conecta o Pará ao Rio Grande do Sul, passando por áreas do Pantanal nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, e segue pelo Paraná e Santa Catarina. Já a BR 319 vai de Manaus (AM) a Porto Velho (RO); e a Transamazônica vai da capital do Amazonas até a Paraíba, passando por Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí e Ceará.

A fumaça dos incêndios mudaram a paisagem e a qualidade do ar de diversas localidades no país. No Estado de São Paulo, 48 cidades estão em alerta máximo para queimadas. A cidade de Ribeirão Preto teve aulas suspensas e moradores de um condomínio deixaram o condomínio que moram. O governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse à GloboNews que três pessoas foram presas ateando fogo em áreas das cidades de Batatais, São José do Rio Preto e Porto Ferreira. Ele estima prejuízo de R$ 1 bi com as queimadas que atingiram, principalmente, canaviais.

Em Brasília, neste domingo, 25, e nesta segunda, 26, a visibilidade era baixa e havia forte cheiro de fumaça espalhado pela capital. 

O governo federal conta com 3 mil brigadistas do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) em todo país trabalhando com auxílio do Ministério da Defesa e em parceria com os governos estaduais.

O Ibama faz perícia em  áreas que foram atingidas pelo fogo no Pantanal e se for comprovada ação criminosa, os locais poderão ser embargados.

Investigação

No governo há suspeitas de que os incêndios que se espalharam pelo país, sobretudo no interior de São Paulo, tenham sido causados por uma coordenação criminosa. A corporação abriu duas investigações para apurar o caso no estado considerando que dois aeroportos suspenderam atividades por conta da fumaça, em Ribeirão Preto e São José do Rio Preto.

Neste domingo, 25, o presidente Lula (PT), acompanhou uma reunião no Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo). Participaram a Marina Silva, o presidente do Ibama, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) e a primeira-dama Rosângela Silva.

Após o encontro, Marina disse que 31 inquéritos já foram abertos pela Polícia Federal para apurar incêndios supostamente criminosos pelo país. A ministra comparou os eventos deste final de semana a um novo "Dia do Fogo", quando, no governo Jair Bolsonaro (PL), fazendeiros de Novo Progresso (PA) convocaram uma mobilização para queimadas na região em 2019. 

"Em São Paulo, não é natural, em hipótese alguma, que em poucos dias tenha tantas frentes de incêndio envolvendo concomitantemente vários municípios", disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no domingo. 

O Estado registrou mais de 1,8 mil focos na sexta-feira, 23, número recorde desde os inícios das medições em 1998.

Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade