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Guilherme Mazieiro

Impasse de emendas entre governo e Congresso é 'caso resolvido' no STF

Decisão do STF que condicionou liberação de emendas a regras de transparência incomodou parlamentares e deixou ajuste fiscal em risco.

11 dez 2024 - 14h20
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Ministro Flávio Dino, do STF
Ministro Flávio Dino, do STF
Foto: Gustavo Moreno/STF

Enquanto o governo Lula e a cúpula do Congresso procuram maneiras de viabilizar o pagamento de R$ 6,4 bilhões em emendas e avançar com o pacote de medidas fiscais, no Supremo Tribunal Federal (STF) o assunto já é considerado encerrado neste ano, segundo apurou a coluna.

Os ministros, de forma unânime, corroboram a decisão liminar de Flávio Dino do dia 2 de dezembro e não devem voltar ao tema ou fazer concessões neste ano. Apenas em 2025 a pauta deve ir ao plenário, mas com poucas chances de mudanças. Isso porque, além de terem corroborado a decisão de Dino, há o entendimento de os critérios de transparência e rastreabilidade são inegociáveis para o STF.

A liberação de emendas nesta reta final do ano tem sido negociada entre o governo Lula (PT) e o Congresso como uma das principais condições para a aprovação dos projetos de corte de gastos. A Fazenda estima economia de R$ 70 bilhões até 2026, chegando ao montante de R$ 327 bilhões até 2030. Além disso, há também queixas de congressistas sobre o curto tempo de análise e por se tratarem de temas espinhosos, como benefícios sociais.

A decisão que liberou o pagamento das emendas parlamentares conhecidas como RP9 (emenda de relator) e RP8 (emendas de comissão) e emendas Pix, condicionou a execução a partir do cumprimento de regras que deixem claro quem enviou o dinheiro, com qual finalidade e as justificativas.

Após a decisão dos ministros e o risco das propostas empacarem no Congresso, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu a Dino reconsideração sobre o tema. O recurso foi integralmente rejeitado pelo ministro

"Não há o que reconsiderar, pois as decisões do Plenário do  STF derivam diretamente da Constituição Federal, da Lei de Responsabilidade Fiscal e - mais recentemente - da LC nº. 210/2024 (PL das emendas)", destacou Dino.

Em paralelo ao recurso da AGU, o governo encontrou um entendimento e publicou uma portaria que possibilita a liberação de emendas mesmo com a decisão do STF.

Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
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