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Guilherme Mazieiro

Ministro de Lula aponta três motivos para queda de Nunes nas pesquisas

Paulo Teixeira acompanha atos finais da campanha com Boulos e vê impacto negativo de Bolsonaro na campanha de Nunes.

24 out 2024 - 19h46
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Guilherme Boulos ao lado de Geraldo Alckmin, Márcio França e Paulo Teixeira.
Guilherme Boulos ao lado de Geraldo Alckmin, Márcio França e Paulo Teixeira.
Foto: Arquivo pessoal/Maria Luiza Valeriano

O resultado do Datafolha desta quinta, 24, em linha com os dados da Quaest que mostram uma diminuição da vantagem de Ricardo Nunes (MDB) sobre Guilherme Boulos (Psol) se justificam por três motivos principais: apagão que atingiu a capital, mau desempenho do prefeito em debates e a rejeição pela presença de Jair Bolsonaro (PL).

Essa é a avaliação feita pelo ministro Paulo Teixeira, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, à coluna. Ele, que foi um dos coordenadores da campanha de Lula (PT) em 2022, tem acompanhado e participado dos atos finais da corrida ao lado de Boulos e acredita em uma virada.

Segundo o Datafolha, Nunes lidera a intenção de voto com 49% contra 35%. Em comparação com a pesquisa anterior do dia 17, Nunes oscilou 3 pontos percentuais -- de 51% a 49% -- dentro do limite da margem de erro. Já Boulos foi de 33% para 35%

“Boulos tem duas provas de fogo, a sabatina com Marçal e o debate da Globo. Marçal fez o desafio esperando que ninguém aceitasse, Boulos surpreendeu e dependendo do desempenho, a repercussão pode ser gigante”, considerou.

Além disso, para o ministro, a caravana com caminhadas e debates com a população nas regiões de São Paulo despertaram interesse de lideranças locais que repercutem propostas de Boulos. Teixeira está de férias e participa da campanha como apoiador, não cuidando diretamente da coordenação.

“A gente que acompanha os atos nas ruas, nas praças, percebe que há presença de pessoas que não são petistas, não são da militância que conhecemos. São lideranças locais, da sociedade civil que vão lá reclamar de problemas da vida real, como falta de remédio em postos, e leva a mensagem para além da estrutura formal do PT”, contou.

Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
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