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Guilherme Mazieiro

PF se corrige e diz que Bolsonaro desviou R$ 6,8 milhões em joias e presentes

Polícia Federal pediu indiciamento de ex-presidente e mais 11 aliados; PGR tem 15 dias para decidir se arquiva ou denuncia caso.

8 jul 2024 - 16h05
(atualizado às 17h35)
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Jair Bolsonaro e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, foram indiciados pela PF
Jair Bolsonaro e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, foram indiciados pela PF
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

A Polícia Federal apontou que o esquema de venda de joias e presentes oficiais dados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desviou bens no valor de US$ 1,2 milhão, equivaltente a cerca de R$ 6, 8 milhões. A coluna havia informado, inicialmente, que o valor era de R$ 25 milhões, como consta no relatório tornado público nesta segunda pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Após a publicações das reportagens, a PF informou que "tem um erro material na conclusão, no que se refere ao valor das jóias" e que enviou uma retificação ao STF.

"Onde se lê 4,5 milhões de dólares ou cerca de 25 milhões de reais, na conclusão, na verdade é US$ 1.227.725,12 ou R$ 6.826.151,661", informou a PF, ressaltando que em outro trecho do relatório há referência ao valor correto.

A investigação apurou que houve a "atuação de uma associação criminosa voltada para a prática de desvio de presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo expresidente da República JAIR BOLSONARO e/ou por comitivas do governo brasileiro, que estavam atuando em seu nome, em viagens internacionais, entregues por autoridades estrangeiras, para posteriormente serem vendidos no exterior".

Ainda de acordo com o material da PF, foi identificado que os valores obtidos com as vendas "eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores".

O relatório da PF informou que os itens analisados ao longo da investigação foram "submetidos à procedimento pericial, com o objetivo, dentre outros, de aferir o valor mercadológico dos bens".

A fase de indiciamento é quando a polícia (Polícia Federal neste caso) identifica que há elementos de crime. A investigação aponta que Bolsonaro praticou os seguintes crimes: peculato (apropriação de bens públicos), associação criminosa e lavagem de dinheiro. Bolsonaro nega irregularidades e diz que há perseguição contra ele.

Desde o início das investigações, Bolsonaro nega a prática de qualquer crime no caso e se diz perseguido pela Polícia Federal. O ex-presidente ainda não se manifestou sobre as novas informações. O espaço está aberto ao posicionamento.

Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
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