Há 13 anos, Sergio Vieira de Mello, o herói silencioso, morria no atentado no Iraque
Há exatos 13 anos, no fatídico atentado no Hotel Canal em Bagdá morria Sergio Vieira de Mello, o herói silencioso. O dia 19 de agosto foi instituído como o Dia Mundial da Ação Humanitária desde o atentado que matou Sergio Vieira de Mello e outros 21 trabalhadores da ONU que serviam no Iraque em guerra no ano de 2003.
Dono de um carisma sem limites e com uma habilidade ímpar em negociações, salvou milhares de vidas e desenvolveu a possibilidade de uma política democrática em vários territórios.
Filho de um diplomata brasileiro, ele se formou em filosofia na Universidade de Paris (Sorbonne), onde também concluiu doutorado em letras e ciências humanas. Entrou para a ONU em 1969 e passou a maior parte de sua vida trabalhando no Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, servindo em missões humanitárias e de manutenção da paz. Como negociador da ONU, atuou em alguns dos principais conflitos mundiais - Bangladesh, Camboja, Líbano, Bósnia e Herzegovina, Kosovo, Ruanda e Timor-Leste, entre 1999 e 2002. Em situações especialmente dramáticas - como a de Ruanda, que terminou em uma das mais graves crises humanitárias do século XX, e a do Timor Leste, que culminou em bem-sucedida transição para a independência.
Graças às suas habilidades, ganhou uma dimensão inimaginável no cenário internacional e provavelmente seria o nome mais cotado dentro da ONU para assumir o cargo máximo da Instituição, pertencente à Kofi Annan, se não fosse sua morte trágica.
Em um período com a falta de identidade social que vivemos, reavivar a memória do herói silencioso é nosso dever e obrigação, e pensando nisso a ZAZ Produções está produzindo um livro sobre seu Legado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, em paralelo produzirá um documentário dividido em 6 episódios, onde a equipe formada pelo Produtor André Zavarize, o Cinegrafista Diaulas Ullysses e a diretora teatral e radialista Bia Szvat, percorrerá os países onde Sergio Vieira de Mello atuou, possibilitando a imersão na importância do legado de Sergio Vieira de Mello e dos direitos humanos pela ótica de uma mulher.
Sergio Vieira de Mello, em uma entrevista para Bridget Kendall publicada no livro Sergio Vieira de Mello: Pensamento e Memória, respondendo a uma pergunta sobre a questão das mulheres dizia: "Meu maior feito foi o de ter aumentado a presença da mulher nos quadros oficiais, em número percentual maior que qualquer país desenvolvido no Timor Leste."
"Repleto de referências, as vivências buscarão um resgate da importância dos direitos humanos e da atuação da ONU nesses países, bem como a situação da mulher, seus desejos e barreiras dentro destas sociedades que, fragmentada pelo ambiente hostil dos conflitos, buscam formas para manter suas identidades e sonhos vivos. Sergio Vieira de Mello sempre sustentou a importância da valorização da Mulher tanto nos quadros oficiais, quanto a questão da diminuição e erradicação da violência doméstica. Conseguir desenvolver um programa nestas bases é edificar o legado de Sergio Viera de Mello e conscientizar os brasileiros do gigantesco trabalho deste herói silencioso", afirma Bia Szvat.
A luta pelos direitos humanos não acaba com o final da vida do Sergio, pelo contrário, faz parte da nossa contemporaneidade desenvolver projetos que permitam compreender e tentar melhorar a situação de disparidade mundial. Contudo é ao compreender toda a profundidade e importância da obra de Sergio Vieira de Mello que talvez possamos ter uma chave para solucionar problemas tão graves que custam vidas inocentes, haja vista as atrocidades em Alepo na Síria, a questão dos refugiados na Europa e os recentes atentados na França.
Olhar para o passado pode nos dar respostas no futuro. O trabalho de Sergio Vieira de Mello continua, para quem tiver sensibilidade e força de ação.
Patrocinar este trabalho significa também atuar na melhoria da nossa sociedade.
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